sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Não espalhe boatos, se vc souber algo DENUNCIE!

Disque Denúncia

http://www.disquedenuncia.org.br/

(21)2253 1177


Beltrame fala sobre as ações realizadas no Rio de Janeiro

http://www.seguranca.rj.gov.br/


Contra boatos, governo do RJ usa Twitter

26 de novembro de 2010 | 7h 34
AE - Agência Estado

A Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro ocupou ontem as redes sociais para tentar conter o medo e os boatos que se espalharam pelo Estado desde o início da crise. O comandante da Polícia Militar, coronel Mario Sergio Duarte, já vinha respondendo a dúvidas e críticas de internautas.

Na tarde de ontem, dos dez trending topics do Brasil (os assuntos mais comentados do Twitter), nove faziam referência aos confrontos no Rio, com as palavras-chave Penha, Rio e Beltrame, entre outras. Bope, Vila Cruzeiro e Penha também estavam entre os dez assuntos mais comentados no microblog em todo o mundo.

Foi quando o subsecretário de Segurança, Edval Novaes, fez um pronunciamento por câmera, no Twitter, depois de receber perguntas e mensagens de diversos internautas. Curiosamente, houve falha na transmissão, e o procedimento seria repetido para garantir audiência, o que não havia ocorrido até as 18h30.

O Twitter foi a principal plataforma escolhida pela Secretaria de Segurança. "Contem com esse canal para tirar dúvidas e obter dados oficiais", foi uma das mensagens. Diante da informação, divulgada pela TV Globo, de que a próxima Unidade de Polícia Pacificadora seria instalada no Complexo do Alemão, a secretaria reagiu imediatamente: "Não há previsão de instalação de UPP no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro, por causa da grande demanda de efetivo necessária para ocupar estas áreas".

Diante da crítica de um internauta de que "o governo devia acabar com a ganância de arrecadar em blitz do IPVA, para se concentrar na bandidagem", o comandante respondeu que a PM está "toda empenhada contra os criminosos". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sábado, 20 de novembro de 2010

Médicos alertam para 'caos total' no Haiti

Médicos alertam para 'caos total' no Haiti

Estadao.com.br - Sáb, 20 Nov, 08h00

O horror humano no Haiti - com corpos de crianças abandonados nas ruas de Cap-Haitien, hospitais apinhados de pacientes com diarreia crônica, e cadáveres desidratados sendo transportados em carrinhos de mão - não terminará enquanto a comunidade internacional mantiver a mesma abordagem no combate à epidemia de cólera que já matou 1.186 e deixou 49.418 mil infectados em um mês.

O alerta - o mais contundente desde o início da nova crise - foi feito ontem ao Estado pelo chefe dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) no Haiti, o italiano Stefano Zannini, num tom de desabafo e frustração. A ONG diz que responde por 85% de todos os atendimentos de casos de cólera no país. "Esta é a 'república das ONGs', o mundo inteiro está aqui e como pode? Como é possível que, quatro semanas depois do início da epidemia, nós (o MSF) ainda estejamos com todo o sistema médico nas costas? Onde estão todos os outros?"

Zannini diz que nenhuma das medidas para conter a epidemia é de caráter médico. Elas dependem de lavar as mãos, ter água potável, dar um destino adequado aos cadáveres e às fezes humanas. "Ora, nada disso é caro nem depende de médicos. Onde está a ajuda internacional?", questionou. Um dos maiores problemas para conter a propagação da cólera é a falta de cuidados básicos de higiene, o que poderia ser combatido com programas relativamente simples, como a distribuição de sabão.

Estima-se que 76% dos haitianos vivam com menos de US$ 3 por dia e 50% tenham menos de US$ 1 por dia. Uma barra de sabão custa, em períodos normais, US$ 0,50 na maioria dos mercados haitianos e, para muitas famílias, lavar as mãos virou um dilema potencialmente fatal entre usar o pouco dinheiro para comprar sabão ou para comprar comida.

Na quarta-feira, o MSF havia lançado um alerta sobre o esgotamento físico e emocional de suas equipes. "A carga de trabalho é estressante. Não é fácil trabalhar com o cheiro, o barulho e a pressão de tantos doentes. Estamos trabalhando 24 horas por dia. Estamos sobrecarregados", disse Zannini.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Ofensas a nordestinos no Twitter ganham repercussão no exterior

Qui, 04 Nov, 08h05

Por Redação Yahoo! Brasil


A história da estudante de direito Mayara Petruso, que postou mensagens de ódio contra nordestinos no Twitter logo após a eleição de Dilma Rousseff (PT), teve repercussão num dos maiores jornais do mundo, o britânico Telegraph.

A reportagem, assinada pelo correspondente do jornal em São Paulo, Robin Yapp, destaca que a OAB de Pernambuco entrou nesta quarta-feira com uma notícia-crime no Ministério Público Federal em São Paulo contra Mayara. Dentre as muitas mensagens ofensivas escritas pela estudante, o Telegraph cita a de maior repercussão no Brasil: "Nordestino não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado" (sic) .

O texto do jornal inglês explica que a maior parte da população da região Nordeste do Brasil é composta por negros e pardos, enquanto o Sul é predominantemente branco. A reportagem cita que se o caso for a julgamento, Mayara pode pegar de dois a cinco anos por racismo e de três a seis meses por "incitação pública ao ato delituoso".

O Telegraph explica também que é errada a percepção de Mayara e outros usuários do Twitter que afirmaram que Dilma só foi eleita por causa dos votos do Nordeste - a candidata do PT ganharia a eleição mesmo sem os votos dessa região.

A reportagem cita declarações do presidente da OAB-PE, Henry Mariano, que classificou as ofensas de Mayara como inaceitáveis. "Como alguém com esse comportamento pode se tornar um profissional que depois lutará por justiça e direitos humanos?"

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Sincretismo une os santos católicos aos orixás africanos

Sex, 29 Out, 07h19

Por Décio Viotto, especial para o Yahoo! Brasil

As canções de Dorival Caymmi, Vinicius de Moraes, Caetano Veloso e Gilberto Gil; os livros de Jorge Amado, as esculturas e os textos de Mestre Didi, as fotografias de Pierre Verger e o traço de Carybé mostram que a África do candomblé fica em Salvador, na Bahia.

Nada mais justo para com o Estado que deu valor para a cultura trazida pelos escravos, elevou mães-de-santo à popularidade e transformou a lavagem da Igreja do Bonfim numa expressiva representatividade do sincretismo religioso.


Mas os cultos afro-brasileiros cresceram tanto que não ficaram restritos ao povo baiano, e estão presentes no Brasil de Norte a Sul. Eles são o resultado da mistura das tradições religiosas dos povos africanos, trazidos como escravos para o país, com elementos do catolicismo e dos indígenas. No período da colonização brasileira, mais de quatro milhões de africanos cruzaram o Atlântico. Provenientes de diferentes regiões da África, foram separados por nações e agrupados em senzalas, para evitar rebeliões.

Isso resultou numa mistura de costumes, pois cada povo possuía suas próprias danças, cantos, santos e festas. Proibidos de praticar a sua religião, os africanos associavam seus rituais e divindades aos da igreja católica para "mascarar" seus cultos, produzindo um forte sincretismo religioso. As práticas daquela época acabaram impulsionando a formação de religiões cultuadas hoje em dia, como o Candomblé e a Umbanda, com forte penetração na Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul.

Cada uma delas cultua os seus orixás, deuses africanos que correspondem a pontos de força da natureza. Os deuses no Candomblé estão divididos em quatro elementos - água, terra, fogo e ar. Alguns estudiosos afirmam que seria mais de 400 o número de orixás básicos, porém os mais conhecidos entre nós formam um grupo de 16 deuses. Para cada um deles, há um ou mais santos católicos correspondentes.

Porém, a associação depende da região do país, variando de acordo com a popularidade do santo no local, e também não é exata. Ao contrário dos santos católicos, os orixás são entidades com virtudes e defeitos e seus seguidores acreditam que eles conhecem o destino de cada um dos mortais.

Já a Umbanda, que é a soma de elementos do candomblé, do espiritismo e do catolicismo, também venera os orixás, mas representam essas divindades com imagens diferentes, além de cultuarem outros espíritos, como o preto-velho, o caboclo, o cigano e a pomba-gira. Nenhum deles aparece no candomblé. A Umbanda, apesar das suas raízes difusas, teria sido popularizada a partir do início do século 20, no Rio de Janeiro.

O batuque gaúcho
Mas não é nem na Bahia, nem no Rio de Janeiro, que se concentra o maior número de adeptos das chamadas religiões afro-brasileiras, mas no Rio Grande do Sul. Esse grupo inclui praticantes de candomblé, umbanda e uma variante gaúcha o batuque, nome dado pelos brancos ao culto dos orixás na época da escravidão. O batuque também é chamado de religião afro-gaúcha.

Segundo Everton Alfonsin, presidente da Federação Afro-Umbandista e Espiritualista do Rio Grande do Sul (FAUERS), são 40 mil terreiros em todo o estado. Na Bahia, a Federação do Culto Afro estima a existência de 4 mil terreiros. "A umbanda é muito forte no Sul do País", reforça Manuel Lopes, da Rede Brasileira de Umbandas (RBU). No censo de 2000, 1,63% da população do Rio Grande do Sul declarou o culto a religião dos orixás. O Rio de Janeiro é o segundo no ranking, com 1,32%, enquanto apenas 0,09% dos baianos se disseram adeptos de cultos afro-brasileiros.



As oferendas os orixás também variam conforme a região. No Sul, o acarajé cede lugar ao churrasco. Em vez da túnica, o pai-de-santo usa as bombachas brancas. Justificam seu uso pelo frio no inverno. Na Bahia, uma das razões que podem explicar o número baixo de seguidores é justamente o sincretismo religioso. No Estado onde até a mais famosa ialorixá Mãe Menininha do Gantois, quando era viva se declarava católica ("Bom, eu sou o que todos são: católica. Eu tenho separada a religião do candomblé"), é comum católicos em terreiros e seguidores do candomblé em igrejas. Além disso, em Salvador, muitos freqüentam os cultos com olhos de turistas.

Além dos espíritos vindos da África, há que ressaltar aqueles nascidos por aqui, produzidos talvez pelos medos dos fiéis católicos em cair no mundo negro e pecaminoso, como a Mula Sem Cabeça e o Esqueleto, entre outros. Enfim, o Brasil era como um purgatório, terra de degredo das bruxas e de outros pecadores europeus, que vinham pagar seus pecados sob o sol impiedoso, que fazia corar as senhoras e suar os padres, envoltos por seus quentes e pesados hábitos.

Apesar das adversidades, do confinamento inicial à população de escravos, da proibição da igreja católica e da criminalização por alguns governos, o candomblé prosperou nos quatro séculos e se expandiu desde o fim da escravatura, em 1888, e até atingiu um grau de profissionalização.

Em outubro de 2000, o Ministério da Previdência Social aprovou um parecer que determina o direito de aposentadoria aos sacerdotes e sacerdotisas das religiões de matriz africana em todo o país.

Cada um no seu terreiro
Os cultos às divindades são realizados nos chamados terreiros e dirigidos por um Pai-de-Santo (Babalorixá) ou Mãe-de-Santo (Ialorixá).

Alguns rituais com oferendas de animais sacrificados aos orixás são restritos aos iniciados. Nos cultos abertos são feitas oferendas e consultas aos orixás por intermédio dos búzios jogados pelo Pai ou pela Mãe-de-Santo. O culto é marcado pelos diferentes ritmos dos atabaques e se diferenciam de acordo com o orixá cultuado.

O Candomblé não deve ser confundido com a Umbanda e a Quimbanda, seita religiosa de origem africana que, no Brasil, tomou o significado de magia negra em oposição à Umbanda, que representa as forças da magia branca. Na estrutura interna, as duas são muito parecidas, sendo que a quimbanda conservou o aspecto mais original da religião africana e voltou-se mais para os mitos de terror dos folclores pagão e ameríndio.

Enfim, são consideradas religiões afro-brasileiras todas as que tiveram origem nas religiões tradicionais africanas, trazidas pelos escravos ou que absorveram ou adotaram costumes e rituais africanos. As afro-brasileiras são uma parte das religiões afro-americanas e diferentes das religiões afro-cubanas, como a Santeria de Cuba, e do Vodou, do Haiti.

XV Colóquio Brasileiro de Dinâmica Orbital

Trecho inicial do primeiro discurso de Dilma

Primeiro discurso de Dilma após ser eleita presidente, 31/10/2010 23h57

Minhas amigas e meus amigos de todo o Brasil,

É imensa a minha alegria de estar aqui. Recebi hoje de milhões de brasileiras e brasileiros a missão mais importante de minha vida. Este fato, para além de minha pessoa, é uma demonstração do avanço democrático do nosso país: pela primeira vez uma mulher presidirá o Brasil. Já registro portanto aqui meu primeiro compromisso após a eleição: honrar as mulheres brasileiras, para que este fato, até hoje inédito, se transforme num evento natural. E que ele possa se repetir e se ampliar nas empresas, nas instituições civis, nas entidades representativas de toda nossa sociedade.

A igualdade de oportunidades para homens e mulheres é um principio essencial da democracia. Gostaria muito que os pais e mães de meninas olhassem hoje nos olhos delas, e lhes dissessem: SIM, a mulher pode!

Minha alegria é ainda maior pelo fato de que a presença de uma mulher na presidência da República se dá pelo caminho sagrado do voto, da decisão democrática do eleitor, do exercício mais elevado da cidadania. Por isso, registro aqui outro compromisso com meu país:

Valorizar a democracia em toda sua dimensão, desde o direito de opinião e expressão até os direitos essenciais da alimentação, do emprego e da renda, da moradia digna e da paz social.

Zelarei pela mais ampla e irrestrita liberdade de imprensa.

Zelarei pela mais ampla liberdade religiosa e de culto.

Zelarei pela observação criteriosa e permanente dos direitos humanos tão claramente consagrados em nossa constituição.

Zelarei, enfim, pela nossa Constituição, dever maior da presidência da República.(...)