segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Nesse NATAL entoe um mantra...

Mantra - O Som da Divindade

Os mantras são sons sagrados e dotados de grande força energética, que nos ajudam a entrar em estado de meditação e a realizar os nossos objetivos. Eles são em idioma sânscrito, a língua sagrada dos Hindus. Nos permitem atingir um estado de superconsciência e viver bem as nossas vidas, desfrutando de saúde, tranqüilidade e equilíbrio.

Para que funcionem bem, convém praticá-los com regularidade, diariamente, ou pelo menos em dias alternados. Segundo os Hindus, um mantra deve ser repetido 8 ou 108 vezes. Eu na verdade, sugiro que os recite tantas quantas vezes julgar conveniente. Existem mantras que devem apenas ser utilizados em casos de perigos eminentes.

Quanto melhor a pronúncia, melhor será a eficácia de cada um deles. Portanto, para recitá-los corretamente, pronuncie o SH, como o CH da palavra CHÁ. O R como na palavra CARA, O J como o DJ do nome DJANIRA, O TZ como o ZZ de PIZZA e o H como RR da palavra CARRO.

Eles são algumas vezes muito curtos, um breve verso comportando algumas sílabas e com sentido bem claro. Mas eles também podem consistir, numa extensa combinação de sílabas, aparentemente desprovidas de sentido. Os "sons - semente", formados de uma única sílaba e que terminam quase sempre por uma nasal, como o m ou n, constituem mantras ainda mais complexos e enigmáticos. Dentro desta categoria, o mantra mais conhecido é OM (AUM), palavra que diz-se, contém a chave do universo. OM corresponde às três principais divindades - Brahma, Vishnu e Shiva.

Quando for entoá-los, acenda um incenso de sua preferência e sente-se com a coluna ereta, mantendo as pernas separadas, com as mãos pousadas sobre as pernas, palmas para baixo, e os olhos cerrados suavemente. Inspire profundamente pelo nariz e, ao expirar, entoe o MANTRA ESCOLHIDO.

Não precisamos ser adeptos do budismo ou de qualquer outro segmento religioso, para podermos entoar os mantras a seguir:

NAM MYOHO RENGUE KYO

Nam significa “devotar-se”, “vincular-se”, “reconhecer” o essencial. Myoho, literalmente, significa “Lei Mística”. Myo traduz-se por “substância da verdade eterna”, difícil de compreender ou além da compreensão, portanto, místico. Ho traduz-se literalmente como “lei”. A junção de Myo e Ho resulta resumidamente em “Lei Mística”, que pode ser chamada também de lei da razão ou verdade oculta. Em outras palavras, a junção Nam-Myoho significa reconhecer o essencial, vincular e devotar a vida a essa verdade essencial.


A palavra Rengue traduz-se por Lótus, daí a origem do título “Sutra de Lótus”. O lótus inclui-se no contexto com o significado de “simultaneidade de causa e efeito” por ser uma planta que produz flor e semente ao mesmo tempo e floresce em lugares sujos como os pântanos. Em sentido figurado, significa “existir” em meio à realidade, ou ainda, desprender-se da ilusão e enxergar a realidade essencial. Complementando-se o sentido de Nam-myoho-rengue, temos “reconhecer e devotar-se à Lei Essencial de Causa e Efeito Simultâneos”.


A palavra Kyo significa “fenômeno vital universal” ou “continuidade sem fim em constante transformação”. Se assim juntarmos os significados, temos ao final: “reconheço e devoto minha vida à lei essencial da simultaneidade de causa e efeito em meio à eternidade da vida”.


Os ensinamentos budistas têm, genericamente, esse sentido prático expresso nessa tradução simplista de Nam-myoho-rengue-kyo, embora na variedade de interpretações também sejam citados outros pontos como sendo essenciais.

É praticamente impossível descrever em poucas palavras esse poderoso mantra. Dessa forma, procurei acima, apenas destacar alguns de seus pontos básicos. NAM MYOHO RENGUE KYO, representa a expressão da verdade máxima da vida, ou a realidade essencial da vida.

Mas, se você se dispuser a coloca-lo em prática no seu dia a dia, o sentirá em sua toda sua plenitude. Pegue pelo menos cinco minutos de cada um de seus dias e o recite em voz ao meio tom. Faça isso e irá sentir a energia pulsando em seu cardíaco. Recite-o por uma semana e veja o resultado em você.

OM MANI PADME HUM

Essa frase, em sânscrito significa “Da Lama nasce a flor do lótus”.

Apesar de termos um corpo físico que limita nossos poderes, uma mente muitas vezes confusa e emoções desencontradas, trazemos uma essência divina dentro do coração. E, tal qual a flor do Lótus, nascida no lodo, desabrocha branca e resplandecente, também nós podemos nos tornar puros de alma e coração. Ajuda a alcançar a iluminação. Deve ser recitado a vida inteira, pois ajuda o espírito a encontrar o caminho certo depois da morte.

ALMANAH MARE ÃLBEHA AREHAIL - (mantra para proteção)

HÃMURÃBI ÕM SHIKTË SANSALA PHRÃSHIVATA - (mantra para obter vitória)



PÃLAYATI GRHA ARI OM - (mantra para proteger a casa dos inimigos)


PÃLAYATI GRHASTHA ARI OM - (mantra para proteger o dono da casa dos inimigos)

LAM VAM RAM YAM HAM OM AUM

Para equilibrar os chakras ou centros psíquicos. Chakras ou centros psíquicos são os centros de energia do nosso corpo. São os tradutores de nossas memórias pretéritas. Mantendo-os equilibrados, conquistamos maior resistência contra enfermidades e uma perfeita harmonia mental e emocional. Esse Mantra deve ser pronunciado pela manhã 8 vezes.

Lam – Equilibra o chacra básico.

Vam - Equilibra o chacra umbilical

Ram - Equilibra o chacra do Plexo solar

Yam - Equilibra o chacra cardíaco

Ham - Equilibra o chacra laríngeo

Om - Equilibra o chacra do plexo frontal

AUM - Equilibra o chacra coronário

OM TARE TUTTARE TURE SOHA

Esse mantra produz modificações no nosso interior e em todo o universo à nossa volta.

OM SHRI GAM

Mantra da Prosperidade e da Vitória.

Esse Mantra usado como invocação a GANESHA, ( a divindade hindu), da superação dos obstáculos, é uma das mais poderosas fórmulas mágicas do hinduísmo. Seu principal efeito é atrair riquezas.

OM KLIM KROM

Encontro da Alma Gêmea.

Associado ao deus Shiva e sua esposa Shakti, é usado por quem quer entrar em contato com o seu par ideal. Isso porque, na tradição hindu, o amor perfeito é simbolizado pela união desses deuses. A energia do amor emitida por eles é tão forte, que seu mantra tem o poder de ajudar a encontrar a alma gêmea. Para alcançar o objetivo almejado, é necessário ser disciplinado e repetir o mantra 108 vezes todos os dias, no período das 6 às 22 horas.

Os Mantras a seguir, foram canalizados por Rodrigo Romo, Terapeuta Holístico e canal da Federação e Confederação Intergaláticas, com exceção ao IOM LAM BARAHA LAM LAMBRISH, que foi canalizado por Carina Grecco, também Terapeuta Holística e canal da Federação e Confederação Intergaláticas. Esses mantras tem como finalidade única, atuar de forma complementar em processos terapêuticos, juntamente a aplicação de Terapias vibracionais, tais como Reiki, Magnified Healing, Cromoterapia e outros.

LAHARAM OMBRECH VAM BRAM OM OM YOM

Esse mantra é ideal para tratarmos casos de diabetes e insuficiência renal, pois, faz a ativação sensorial e estimula o funcionamento dos rins, pâncreas e vesícula biliar além de ativar e reestruturar o DNA dos arquétipos desses órgãos. Utilizando esse mantra, entramos na conexão dos raios azul e dourado, que se manifestam com muita intensidade, além de atuarmos junto à hierarquia de Mestres e equipes médicas ligadas à linha do oriente.

MANA VALUM ANDRAM YOLUGRUM SHORIOM

Mantra excelente para ser utilizado em cirurgias astrais, pois, eleva o campo magnético do cliente sendo tratado. Ele atua no desenvolvimento de um campo de energia, dentro dos padrões verde, violeta, dourado e prata, para o restabelecimento do padrão original do DNA, das células do corpo. Utilizado também, para limpeza e emissão de radiação de ondulação, por efeito de ressonância, dentro de trabalhos ligados a radiônica e radiestesia, com pêndulos e cristais.

IOM LAM BARAHA LAM LAMBRISH

Esse mantra faz a conexão supradimensional como nossas outras realidades de consciência. Utilizando esse mantra, captamos a Essência Divina da pessoa sendo tratada, pois, promovemos a aproximação de sua energia do momento, ao padrão inicial de energia da sua Presença Eu Sou, o que permite a ressurreição da sua verdadeira essência, dentro das matrizes genéticas e da própria memória celular do corpo físico e, dos outros corpos, auxiliando assim, na restauração energética dessa pessoa de forma gradual, a medida que ela vai se sintonizando, com a sua própria divindade e amor interno. É para ser usado em tratamentos de reforma intima, visando o despertar da verdadeira essência, que cada um de nós possui e ficou escondida, pelas energias negativas e cármicas do nosso processo encarnacional.

YOM LAMBRISH CARAMITH ALOSHINDRAM AYRIOM SALDRUM

Esse mantra ativa em quem for aplicado, a sua matriz holográfica. A sua utilização proporciona uma magnífica oportunidade de tratamento, dentro do conceito mais profundo de Geometria Sagrada, atuando com exemplar eficácia em casos de cirurgias astrais, envolvendo transplantes e clonagens energéticas de órgãos, de sua própria matriz holográfica e tratamentos de disfunções degenerativas como câncer, aids e outros desvios moleculares.

HARAMASH BRADULIM YOM SHANTY SATHUNARY OM LAM

Esse mantra promove em quem for aplicado, o ajuste vibracional das constantes energéticas da sua matriz celular, equilibrando de uma só vez, todas as realidades paralelas que com ele interagem, sustentadas pela sua Presença Eu Sou. Dessa forma, ele cria uma maior amplitude de condições, para que essa pessoa possa resgatar a sua consciência de Ser de Luz que é. Há que se ter extremo cuidado com esse mantra, pois ele atua em gradientes de energia extremamente sutis, de forma que, se utilizado por uma pessoa com baixo padrão moral, por brincadeira, por exemplo, pode causar danos a quem o recebe e a si mesmo. Não esqueçamos nunca que somos Seres de Luz e, como tal, somos regidos pela Lei de Causa e Efeito.


Colaboração: APaulinha

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

FANZINE ELETRÔNICO MARKETING SOCIAL NO BRASIL - XXXIX

FANZINE ELETRÔNICO MARKETING SOCIAL NO BRASIL
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Rio de Janeiro, 28 de novembro de 2008 - Sexta-feira
Ano VI - Número XXXIX - 28 de novembro
Jornalista Responsável - *Márcia Neves - DRT 30181/96

A G E N D A
Fontes: Abdl, Abong, Akatu, Gife, Idec, Rits e outras


NOVEMBRO/2008


Exposição H2O: o futuro das águas

Coordenação: SESC Rio, Sistema Fecomércio-RJ e O Instituto.

Local: Arte Sesc. Rua Marquês de Abrantes nº 99, Flamengo, Rio de Janeiro. Tel. (21) 3138-1343. Terça a sábado, 12h às 20h; domingo, 11h às 17h. Grátis.


25/11 a 28/11
3° Congresso Mundial sobre Enfrentamento à Exploração Sexual de
Crianças e Adolescentes
Local: Rio de Janeiro (RJ)
Coordenação: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
da República (SEDH/PR) , Articulação Internacional contra
Prostituição, Pornografia e Tráfico de Crianças e Adolescentes (ECPAT)
do Brasil e Internacional; Unicef Brasil e Internacional; e NGO Brasil
e Internacional
Informações : (61) 3429-9805 e 3429-3498.
imprensa@sedh.gov.br
www.sedh.gov.br


28/11
4º evento da série Campo Social em Debate: tema “Movimento Social e Organizações Não Governamentais, formas de articulação em busca de uma nova realidade social”
Local: Campus da PUC SP, R. Monte Alegre, 984 - São Paulo – sala 333.

Coordenação: Instituto Fonte e Núcleo de Estudos Avançados do Terceiro Setor da PUC-SP (Neats)
Obs.: Evento gratuito, vagas limitadas e se darão por ordem de chegada.
Inscrição: (11) 3032 1108

Informações: http://institutofonte.org.br/campo-social-em-debate-com-chico-whitaker.


30/11 – término inscrição

Programa Guerreiros sem Armas (GSA)
Coordenação: O Instituto Elos

Inscrição e Informações: guerreirossemarmas.net.



DEZEMBRO/2008

02/12 a 04/12
Ciclo de debates "Democracia, Estado Laico e Direitos Humanos"

Coordenação: CCR (Comissão de Cidadania e Reprodução) e Red Iberoamericana por las Liberdades Laicas

Local: Salão Nobre do Centro Universitário Maria Antônia, que fica na Rua Maria Antônia, 294, São Paulo (SP).

Inscrições: ccr@cebrap.org.br ou (11) 5575 7372.


02/12 a 05/12

I Congresso Muito Especial de Tecnologias Assistivas e Inclusão Social das Pessoas com Deficiência do Rio de Janeiro.

Coordenação: Instituto Muito Especial e Ministério da Ciência e Tecnologia.

Inscrições: gratuitas e limitadas www.congressoassistivasrio.org.br

Informações: (21) 2286-3306.


03/12 a 05/12

Congresso Internacional de Gestão de Políticas Regionais do Mercosul e da União Européia.

Coordenação: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada [Ipea]

Informações: www.ipea.gov.br.


05/12 Data final para envio de projetos
A BrazilFoundation oferece apoio financeiro de até R$ 30.000,00 (trinta mil reais) durante um ano.
A inscrição será feita exclusivamente através do preenchimento integral e envio pelo correio do Formulário de Inscrição e Planilha de Solicitação de Recursos.
Informações: (21) 2532-3029 às terças e quintas-feiras, das 14 às 18 horas.
Regulamento, formulário e planilha financeira:
http://andreysgorla.wordpress.com/2008/10/10/brazilfoundation-seleciona-projetos/

08/12 a 11/12

I Encontro Libertário: Anarquismo e Movimentos Sociais8 a 11 de dezembro em

Local: Fortaleza (CE)

Coordenação: Organização Resistência Libertária [ORL] e participação de militantes de organizações políticas anarquistas de várias cidades do país, militantes de movimentos sociais, pesquisadores e simpatizantes.
Programação completa:
http://encontrolibertario.blogspot.com.

Informações e inscrições: encontrolibertario@gmail.com.


06/12

Feira de Adoção de Cães e Gatos

Local: Estacionamento do Hipermercado Extra - Unidade Tijuca, Rua Mariz e Barros, 975/1037, entrada que fica na Avenida Heitor Beltrão, 37/38 (ao lado do CAD).

Coordenação: Família Auquimia e Casa do Cão e Gato-ACCG

Obs.: Para adotar é necessário maioridade, RG, CPF e comprovante de residência.

Informações: www.familiaauquimia.org e www.casadocaoegato.com.br


10/12

Debate com Nilmário Miranda, ex-ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, e Paulo Fagundes, do Grupo Tortura Nunca Mais, tema: Direitos Humanos, 60 anos, e daí?

Local: SESC Ribeirão Preto (Tibiriça, 50, Centro, Ribeirão Preto, SP)

Coordenação: Centro de Defesa dos Direitos Humanos e Educação Popular [CEDHEP] de Ribeirão Preto

Obs.: gratuito e aberto ao público em geral

Informações: cedhep.rp@ig.com.br

15/12 a 17/12

Fórum Livre de Direito Autoral - O Domínio do Comum
Coordenação: Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro [ECO/UFRJ] em parceria com o Ministério da Cultura (MinC) e Rede Universidade Nômade.

Informações: http://forumdireitoautoral.pontaodaeco.org/programacao.


15/12 a 18/12
11ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos
Local: Brasília/DF
Coordenação: Secretaria Especial de Direitos Humanos
Informações:
http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/sedh/sobre/progacoes/xicndh/

24/12 a 25/12

N A T A L

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Do latim 'natális', derivada do verbo 'nascor, nascéris, natus sum, nasci', significando nascer, ser posto no mundo. Como adjetivo, significa também o local onde ocorreu o nascimento de alguém ou de alguma coisa. Como festa religiosa, o Natal, comemorado no dia 25 de dezembro desde o Século IV pela Igreja ocidental e desde o século V pela Igreja oriental, celebra o nascimento de Jesus e assim é o seu significado nas línguas românicas - italiano 'natale', francês 'noël', catalão 'nadal', espanhol 'natal'( navidad de J.C), português 'natal'.

Em inglês, a palavra que designa o Natal - 'Christmas' - provém das palavras latinas 'Cristes maesse', significando em inglês 'Christ's Mass", missa de Cristo. Muitos historiadores localizam a primeira celebração em Roma, no ano 336 D.C.

De 'natális' deriva também 'natureza', o somatório das forças ativas em todo o universo.

(...)

A celebração do Natal de Jesus foi instituída oficialmente pelo Papa Libério, no ano 354 d.c..

Segundo estudos, a data de 25 de dezembro não é a data real do nascimento de Jesus. A Igreja entendeu que devia cristianizar as festividades pagãs que os vários povos celebravam por altura do solsticio de Inverno.” Fonte:Wikipédia



JANEIRO/2008

01/01 – 0h

A N O N O V O

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O ANO-NOVO é um evento que acontece quando uma cultura celebra o fim de um ano e o começo do próximo. Todas culturas que têm calendários anuais celebram o "Ano-Novo". A celebração do evento é também chamada 'réveillon', termo oriundo do verbo 'réveiller', que em português significa "despertar".

A comemoração ocidental tem origem num decreto do governador romano Júlio César, que fixou o 1 de Janeiro como o Dia do Ano-Novo em 46 a.C. Os romanos dedicavam esse dia a Jano, o deus dos portões. O mês de Janeiro, deriva do nome de Jano, que tinha duas faces - uma voltada para frente e a outra para trás.” Fonte:Wikipédia


22/01 a 24/01

Laboratório Internacional de Mídias Livres.

Local: teatros, auditórios, ruas e praças do Centro Histórico de São Luís (MA)

Informações: laboratoriodemidiaslivres@gmail.com ou com Celso Serrão, Luana Camargo ou Danielle Moreira, pelos telefones (98) 8112-5366, (98) 8875-2196 e (98) 8867-1528, respectivamente.


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*Márcia Neves - Jornalista, formada em Comunicação Social,
especialista em Gestão Estratégica e Qualidade, MBA em Administração
de Marketing, autora dos livros "Consumo Consciente"(2003), "O Novo
Mercado – Do Social ao Ambiental"(2002), e"Marketing Social no
Brasil"(2001), todos
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FINAL DESSA EDIÇÃO
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quarta-feira, 15 de outubro de 2008

“Poderemos ter uma depressão global”

Sergio Dávila entrevista Nouriel Roubini. Folha de S.Paulo, 10 de outubro de 2008

Economista que previu crise diz que sistema financeiro precisa mudar para evitar “derretimento total”

Na segunda-feira, Nouriel Roubini escreveu que o governo norte-americano deveria organizar um corte coordenado de juros nas principais economias mundiais e o Federal Reserve, o banco central do país, tinha de fazer empréstimos de curto prazo diretamente para as empresas. Na terça e na quarta, as duas medidas foram anunciadas. Você sabe que a crise é realmente grave quando um economista conhecido pelo apelido de “Sr. Apocalipse” começa a ser ouvido pela Casa Branca.

Profissional do meio que mais acertos fez em relação à crise atual, Roubini falou à Folha por telefone na tarde de anteontem. Sotaque de mafioso de filme B de Hollywood -filho de judeus iranianos, nasceu na Turquia, morou na Itália e vive em Nova York-, disse que toureava 300 pedidos de entrevista que chegaram apenas naquele dia. Ele acha que o mundo corre o risco de uma depressão, e o Brasil, de crescer menos de 3% (leia texto nesta página). Leia trechos da entrevista.

FOLHA - Depois de os 12 passos que o sr. previu em fevereiro para a crise atual se cumprirem, o que podemos esperar para o 13º?
NOURIEL ROUBINI
- Bem, há duas opções. Ou promovemos uma mudança radical no sistema financeiro para evitar o derretimento completo, que é a coisa certa a fazer, ou esse sistema sofrerá colapso nos Estados Unidos, na Europa e em outros países. E poderemos ter uma depressão global.

FOLHA - O sr. vê contágio no setor corporativo?
ROUBINI
- Já começa a acontecer aqui nos EUA. Em geral, com algumas exceções, as companhias americanas não estavam tão expostas ao papéis tóxicos hipotecários. Ainda assim, nas últimas semanas, diminuiu drasticamente o acesso a crédito das empresas aqui no país, mesmo companhias avaliadas pelas agências de risco como AAA.
Com o mercado de papéis comerciais [letras de câmbio não-garantidas] praticamente interrompido e os empréstimos bancários caríssimos, não há dinheiro para que elas cumpram as obrigações do dia-a-dia. Se nem essas estão tendo acesso, imagine as que têm avaliação pior. Se isso se agravar no setor corporativo, todo o sistema pára, começaremos a ver quebras de empresas incapazes de honrar seus compromissos de curto prazo. Na minha opinião, já estamos no ponto de crise grave também aqui.

FOLHA - Isso leva à minha próxima pergunta. O sr. escreveu na última segunda um artigo em que pedia um corte coordenado de juros nas principais economias mundiais e que o Federal Reserve emprestasse diretamente para as empresas. Nos dias seguintes, as duas medidas foram anunciadas. Coincidência, é claro, mas o sr. acha que alguém no governo finalmente começou a ler suas colunas?
ROUBINI
- Eu sei que eles ouvem de fato, porque muitos deles me ligam e dizem isso. As decisões foram corretas e vão na direção certa, mas não são suficientes, muito mais tem de ser feito. Se você ler o meu artigo, eu pedia duas outras ações, que o Fed garanta que vai prover liquidez no caso de uma corrida generalizada aos bancos e que aumente sua ação para prover liquidez de curto prazo a atores não-bancários que emprestam a corporações. A primeira eu não sei quando vai acontecer, a segunda já estamos vendo aos poucos.
Outro aspecto que eu não escrevi mas que acho necessário é um programa de expansão fiscal do governo nos moldes dos da Grande Depressão, porque a demanda privada e o consumo estão sofrendo colapso, então serão necessários gastos governamentais em infra-estrutura nos níveis municipal, estadual e federal. Precisamos revisar o Plano Paulson também para que aja efetivamente nos setores imobiliário e no sistema bancário. Resumindo, ainda falta fazer muito.

FOLHA - O sr. pinta um quadro excessivamente grave. A situação é tão ruim assim?
ROUBINI
- Sim, na última semana ou dez dias, o sistema financeiro inteiro parou de funcionar, não há mais empréstimos interbancários, não há mais transmissão de liquidez entre os bancos e do sistema bancário para o sistema financeiro paralelo, que está em extinção, e começa a chegar ao setor corporativo. As Bolsas se enfraquecem a cada dia, o mercado seca e os gastos começam a diminuir. Estamos a um passo do derretimento total.

FOLHA - O sr. mencionou a possibilidade de depressão global. Quão perto estaria?
ROUBINI
- Já estamos em recessão nos Estados Unidos, na Europa, no Reino Unido, no Canadá, na Austrália, na Nova Zelândia, no Japão. Ou seja, cerca de 50% das economias globais já estão em recessão. Depois que essa se estabelecer, começaremos a ver desaceleração maciça de crescimento nas economias emergentes. O que quer dizer isso? Que teremos algum crescimento nos mercados emergentes, entre 2% e 3%, o que será uma aterrissagem dura para esses países, que necessitam de muito mais do que isso. Essa diminuição contribuirá para a queda do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) global, que pode ficar negativo.

FOLHA - E quanto durará?
ROUBINI
- Se fizermos tudo certo, o que não está garantido, deve durar entre 12 e 24 meses. Há também o risco de os EUA entrarem numa estagnação como a que atingiu o Japão.

FOLHA - E quem é o culpado , em sua opinião?
ROUBINI
- São muitos e diferentes fatores. É uma tempestade perfeita composta de dinheiro fácil, crédito fácil, baixas taxas de juros, instituições financeiras se expondo a risco excessivo, instrumentos financeiros novos e modernos, mas também exóticos e sem liquidez, cumplicidade das agências classificadora de riscos, falta de regulação e supervisão adequada por parte dos governos. Não há um só culpado, mas vários: agentes financeiros, reguladores, governantes, bancos centrais…

FOLHA - O sr. foi um dos primeiros a preverem essa crise, já em 2006. Foi chamado de catastrófico, apocalíptico e alarmista então. O sr. se sente vingado, de alguma maneira?
ROUBINI
- Vingado não é a palavra, pela quantidade de desastres que essa crise trouxe, mas eu estava seguro de que minhas análises eram plausíveis e que meus dados eram corretos, que eu tive a honestidade intelectual de manter meus pontos de vista porque sabia que estava certo. E, infelizmente, eu estava certo.

FOLHA - Por que o sr. foi quase uma exceção?
ROUBINI
- Os que fazem a política econômica tinham receio de dizer que temiam pelo futuro da economia, muitos analistas econômicos fazem previsões que procuram agradar a seus clientes, havia ainda um clima de euforia, muita gente dizendo que era um novo mundo, que seria diferente dessa vez. Muita gente dizendo que não se tratava de uma bolha imobiliária, mas de uma série de pequenos avanços…

FOLHA - O que o sr. não previu? O que o surpreendeu?
ROUBINI
- A velocidade com que os 12 passos que eu previ aconteceram. Na minha análise, o que aconteceu desde a quebra do Lehman Brothers levaria talvez dois anos.

FOLHA - O sr. trabalha numa nova série de passos?
ROUBINI
- Não, em vez de ficar prevendo desgraças novas, estou me dedicando a sugerir soluções para a catástrofe.

FOLHA - O Plano Paulson vai funcionar?
ROUBINI
- Não, falta muita coisa. Recapitalizar o sistema bancário, lidar diretamente com os mutuários inadimplentes, fazer uma triagem entre os bancos que merecem ser salvos e os que devem quebrar, muito mais tem de ser feito para que o plano funcione, e eu não vejo isso acontecendo.

FOLHA - O secretário do Tesouro, Henry Paulson, e o presidente do Fed, Ben Bernanke, parecem estar sempre um passo atrás dos acontecimentos.
ROUBINI
- Sim, atrás da curva, e isso prejudica até as ações positivas que eles tomam. Muitas vezes os mercados têm reagido mal a boas iniciativas, porque chegam tarde.

FOLHA - O próximo presidente vai encarar o pior da crise. Qual a diferença fundamental entre a política econômica do democrata Barack Obama e a do republicano John McCain?
ROUBINI
- A principal diferença é que Obama, a quem apóio, tomará ações mais decisivas para lidar com a crise, não deixará o mercado cuidar de si mesmo. Precisaremos de uma intervenção mais formal, e isso estava faltando na última gestão e continuará faltando na de McCain. Essa será a principal diferença entre os dois.

FOLHA - O sr. se incomoda de ter sido apelidado “Sr. Apocalipse”?
ROUBINI
- Não ligo. Não é que eu seja uma pessoa permanentemente pessimista em relação ao mercado, eu serei o primeiro a gritar “a crise acabou!” quando ela acabar e me tornarei um otimista. Creio, na verdade, que ainda há muitas oportunidades na economia global para que mercados emergentes cresçam num ritmo sustentável, mesmo agora. Não é uma questão de otimismo versus pessimismo. É que os eventos das últimas semanas surpreenderam até mesmo o meu pessimismo.

FOLHA - Quando o sr. se sentirá otimista?
ROUBINI
- Quando eu sentir que chegamos ao fundo do poço, o que não aconteceu. Eu vejo uma luz no fim do túnel, mas é uma locomotiva vindo em nossa direção…


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ENTREVISTA NOURIEL ROUBINI

EUA e Europa já estão em recessão, e crise vai piorar

EUA e Europa já estão em recessão, e crise vai piorar

Analista que previu estouro da bolha imobiliária espera “severa desaceleração” no Brasil

DENYSE GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

Foi em 7 de setembro de 2006 que Nouriel Roubini, 50, deu o alerta: recessão à vista.
Ele previa que o estouro da bolha no mercado imobiliário doméstico levaria os Estados Unidos a uma de suas piores crises. Naquela ocasião, a platéia de economistas que assistia à sua palestra na sede do FMI (Fundo Monetário Internacional), em Washington, não o levou a sério.
No entanto, quando as suas profecias se realizaram, Roubini passou a ser aclamado como um dos grandes analistas contemporâneos -com um aposto, o de pessimista convicto. Referem-se a ele como “Doctor Doom” (doutor catástrofe) e “permabear” (”bear permanente”, sendo “bear” o investidor no mercado financeiro que só vê perdas). Ao longo da entrevista abaixo, que Roubini concedeu na sexta-feira à Folha por telefone do seu escritório em Nova York, será possível entender o motivo.
Nascido na Turquia, filho de iranianos, mudou-se para Teerã ainda bem pequeno. Graduou-se em economia pela universidade italiana Luigi Bocconi em 1982 e obteve o doutorado em 1988, pela Universidade Harvard, com orientação de Jeffrey Sachs. Naturalizado norte-americano, atualmente é professor da Universidade de Nova York e dirige sua consultoria, a RGE Monitor. Roubini afirma que a retração da economia norte-americana -a mais grave desde a Grande Depressão- ainda vai durar um ano e está se espalhando por todo o mundo, pegando com mais força as nações desenvolvidas. Os países emergentes, como o Brasil, sofrerão menos, embora não possam se dar ao luxo de se afirmarem “descolados”.

FOLHA - Como é ser chamado diariamente de profeta do apocalipse?
NOURIEL ROUBINI
- Não me importo que usem o apelido “Doctor Doom” para se referirem a mim. Infelizmente, mais do que um “permabear”, eu sou realista, porque consegui identificar primeiro todas essas vulnerabilidades econômicas e financeiras que acabaram explodindo.
Provou-se que quem se mostrava otimista demais estava errado.

FOLHA - Sobre as suas previsões, quanto delas é informação, quanto é “feeling” a partir da sua experiência? O senhor não usa modelos matemáticos para detectar as probabilidades de recessão, correto?
ROUBINI
- Escrevi livros sobre modelos matemáticos por 20 anos. Utilizo análises econômicas científicas, estatísticas, conceitos acadêmicos e de política econômica e conhecimento de mercado. Quando falo com clientes, não uso fórmulas, prefiro explicar com palavras minha avaliação a partir de todas essas ferramentas, mas ela possui uma base rigorosa.

FOLHA - Faz dois anos que o senhor falou àquela platéia, no Fundo Monetário Internacional, sobre a crise que se avizinhava. Por que o Federal Reserve (banco central dos EUA) e o governo americano não fizeram nada para evitar o pior?
ROUBINI
- Suas análises estavam erradas. O Fed ficou falando que haveria uma recessão curta no mercado imobiliário, que não contaminaria o resto da economia, quando na realidade estava também no segmento comercial do mercado imobiliário, nos cartões de crédito, nos empréstimos estudantis, no mercado de títulos emitidos por empresas. A bolha de crédito generalizada que está estourando foi mal-entendida. Existia, ainda, uma espécie de pensamento mágico, uma esperança segundo a qual as coisas acabariam bem. Não é um problema econômico menor, é a mais severa crise econômica e financeira em décadas, isso está muito claro.

FOLHA - E as próprias instituições financeiras não se deram conta do perigo?
ROUBINI
- Ah, você sabe como é, tem dinheiro fácil, não há regulação ou um acompanhamento apropriado do sistema financeiro e de crédito. O setor é guiado pela ganância e não se preocupa com o risco. Claro, nos bons momentos, os gestores ganham dinheiro, dão lucro para as instituições financeiras e recebem bônus; nos tempos ruins, eles estão perdendo o dinheiro dos outros, que captaram para aplicar e, no máximo, ficam sem receber seus bônus.
Tudo bem com a ganância, mas ela deveria ser equilibrada com o medo dos prejuízos. Juntando isso à falta de supervisão e regulação, inventaram umas modalidades de hipoteca e outras formas de crédito malucas.
O mercado financeiro sempre vivencia esses períodos de manias, de bolhas, de excessos, que viram uma loucura e explodem. Na verdade, existe uma distorção na maneira como o mercado financeiro funciona, com as instituições correndo risco demasiado, e aí as pessoas ficam eufóricas, o que leva à bolha, que leva à crise financeira, que leva à depressão.
O ciclo se repete, em parte, porque não controlamos eficientemente as instituições financeiras. Só se ouve falar de mercado livre, de laissez-faire, enquanto precisamos de regras, de disciplina. Não dá para esperar que o mercado se regule. Auto-regulação significa não-regulação, e disciplina do mercado significa falta de disciplina. É um nonsense.

FOLHA - Pode-se dizer que as autoridades americanas aprenderam uma lição? O senhor espera mudanças nos sistemas regulatórios?
ROUBINI
- Esta é a crise mais profunda desde a Grande Depressão e deve causar perto de US$ 2 trilhões em perdas no mercado de crédito. Se isso não levar a mais regulações, o ciclo de excessos no crédito vai começar de novo. Não tenho certeza, porém, de que vai ensinar uma lição às pessoas. Muitos investidores e instituições já se safaram sem punição. Vamos ver o quanto vai melhorar a fiscalização, porque, quando a crise está em curso, fala-se muito nisso; depois que ela acaba, todo mundo esquece sem que tenha sido feito o bastante.

FOLHA - Nos últimos meses, um grupo de economistas disse que o pior já passou, mas esta semana [a passada] foi muito ruim, com bastante mau humor no mercado. Por quanto tempo esse clima vai durar?
ROUBINI
- Na minha visão, as coisas vão piorar e piorar nos próximos 12 a 18 meses. Já estamos em recessão nos EUA, na zona do euro e em todas as outras economias avançadas, o que vai afetar o PIB [Produto Interno Bruto] global. Nos países emergentes, as pessoas se iludem pensando que vão escapar da recessão, que haverá um descolamento. Não vai. Teremos uma severa desaceleração do crescimento no Brasil, na Rússia, na Índia, na China. Não vai ser uma recessão global, esses países em desenvolvimento não vão entrar em recessão, mas sentirão uma forte diminuição do ritmo. Não vejo luz no fim do túnel -a única que vejo é a de outro trem vindo de encontro.

FOLHA - Qual será o tamanho dessa desaceleração no Brasil?
ROUBINI
- O Brasil tem crescido por volta de 4,8% ao ano -o que é, aliás, muito menos do que países como Rússia, Índia e China, que avançam entre 8% e 10%. Acho que a previsão de que o país crescerá entre 3% e 3,5% é muito otimista, eu acredito em 2%.

FOLHA - Apesar dos recentes avanços, o Brasil não consegue crescer o tanto que quer e precisa. Por quê?
ROUBINI
- Há sérios impedimentos estruturais ao crescimento que persistem, como a falta de infra-estrutura, falta de uma boa educação para a força de trabalho, há tributação excessiva e gastos do governo elevados demais. Em resumo, foram feitas reformas macro e financeiras, agora o país precisa de reformas micro. Não acho que o atual presidente progredirá nessas reformas, vamos ver o próximo.

FOLHA - A economia americana cresceu 3,3% no segundo trimestre. Essa taxa o surpreendeu?
ROUBINI
- Pelos indicadores de produção, renda, gastos e empregos, os EUA entraram em recessão no primeiro trimestre. No segundo, o governo lançou o pacote de estímulo de US$ 100 bilhões, que artificialmente impulsionou o crescimento. Teremos números negativos no terceiro trimestre, no quarto e nos meses seguintes até o meio do ano que vem.
Há menos consumo, menos poupança, petróleo caro, emprego caindo, confiança do consumidor piorando, altas taxas de endividamento, derrocada no crédito. Dê o nome que quiser, é um desastre.

FOLHA - A Bolsa de Valores brasileira já caiu 18,7% desde o início do ano. O senhor acha que há espaço para recuar ainda mais?
ROUBINI
- Minha visão é que, apesar das condições domésticas, o que conta mesmo é o cenário global. No mundo inteiro, há uma queda de pelo menos 20% dos preços das ações, tanto nas economias avançadas quanto nas emergentes. Creio que, dada a recessão mundial, os preços dos papéis podem cair ainda mais uns 10%. O horizonte é bem pessimista para o mercado financeiro em todos os lugares, incluindo a América Latina, incluindo o Brasil.

FOLHA - Como o senhor imagina um governo Obama e um governo McCain? Eles teriam condições de resolver esse nó na economia?
ROUBINI
- O crescimento econômico dos EUA sempre foi maior nos governos democratas do que nos republicanos, enquanto quase todas as recessões dos últimos 50 anos se deram sob gestões republicanas. Parece que McCain não entende a severidade dessa crise econômica, financeira e de hipotecas; acredito que Obama tem idéias mais sensíveis para lidar com isso, e precisamos de um presidente que compreenda o problema e tenha as políticas corretas. Acho que Obama faria um trabalho muito melhor do que McCain.

FOLHA - O senhor ainda presta assessoria para os democratas?
ROUBINI
- Não, não estou envolvido em política. Sou professor em tempo integral e ainda administro a minha consultoria.
Não estou envolvido e não tenho planos de voltar a ser no curto prazo.


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Situação pode piorar no Brasil, diz economista
DE WASHINGTON

Nouriel Roubini acha natural a desvalorização do real e que o Brasil corre o risco de crescer a menos de 3%. (SD)

FOLHA - A teoria do descolamento dos mercados emergentes vem se provando falha na prática. O que acontecerá com países como o Brasil e regiões como a América Latina?
NOURIEL ROUBINI - Não existe descolamento completo. Veja as Bolsas nesses mercados, que têm sofrido tanto se não mais do que aqui. Muitas dessas economias vinham tendo forte crescimento, pelo menos maior do que os EUA, a Europa e o Japão, mas os sinais são claros de que isso já está diminuindo, particularmente na China, mas também no Brasil e na Índia e mesmo na Rússia.

FOLHA - Para o Brasil?
ROUBINI - O país fortaleceu seus fundamentos financeiros nos últimos anos, mas também foi ajudado pelo ambiente global de grande crescimento, alta nos preços das commodities e baixa aversão a risco. Agora, terá de enfrentar cenário oposto. Assim, o país não está sob risco de crise financeira como as de 1999 e 2002, mas as coisas podem ficar piores. Há ainda o risco de queda significativa no ritmo de crescimento, em direção aos 3%, se não menos. E, uma vez que você vai abaixo dos 3% no Brasil, isso é o mais próximo que se chega de uma aterrissagem brusca.

FOLHA - Por que o dólar segue se valorizando diante do real, contrariando tendência mundial?
ROUBINI - Os preços das commodities estão caindo, logo o real tem de se enfraquecer. Além disso, o saldo da conta corrente brasileira já passou de superávit para déficit, há alguma evidência de que o valor do real estava supervalorizado, há algum grau de fuga de capitais, os investidores estão nervosos em relação aos mercados emergentes. Tudo isso coloca pressão de queda.

FOLHA - O que o governo brasileiro deveria estar fazendo e não está, em sua opinião?
ROUBINI - A médio prazo, para que o Brasil possa atingir seu potencial de crescimento, deveria acabar com a taxação excessiva, o excesso de gastos governamentais, a baixa instrução da força de trabalho, a falta de mão-de-obra qualificada, a necessidade de infra-estrutura física. Tudo isso faria com que a mudança de ritmo no mundo não fosse tão dura como pode vir a ser no Brasil.

FOLHA - Qual a sua opinião sobre o presidente Lula?
ROUBINI - Devemos dar crédito a ele. Quando chegou ao poder, temiam que fosse ceder às tentações populistas. Em vez disso, em questões de macroeconomia, austeridade fiscal e estabilidade financeira, fez o certo.

domingo, 5 de outubro de 2008

Homenagem ao Tio Arturo Roig ( irmão mais velho do sogrão amado)

O Marandu
Miércoles
17 de setiembre de 2008

MENDOZA
Feria del Libro en honor a Arturo Roig
Con gran afluencia de público y autores se desarrolla en Mendoza la "Feria del Libro 2008" con conferencias, exposiciones y ventas en dos edificios que rodean la céntrica plaza San Martín, conocida aquí como "Manzana de las Luces".

El secretario de Cultura, Ricardo Scollo, destacó durante la inauguración, el lunes pasado, que esta edición está dedicada al escritor local Arturo Roig porque "es un ejemplo vivo de las letras y la cultura de Mendoza".

El pensador homenajeado aceptó "el honor en nombre de mucha gente que merece el reconocimiento. He trabajado mucho y parece que debo haber hecho algo bien".

Los stands para librerías y editoriales, instituciones y escritores independientes se distribuyen en dos edificios de estilo colonial: la secretaría de Cultura (ex Banco Hipotecario) y el Espacio Contemporáneo de Arte (ECA, ex Banco de Mendoza) a los que se suma la biblioteca pública General San Martín, en la Alameda.

En la tradicional Plaza San Martín, poblada de carpas y un gran escenario, se suceden a diario desde la tarde hasta entrada la noche espectáculos artísticos en vivo y promociones de nuevos libros y de títulos reconocidos.

Los organizadores tienen agendadas las visitas de Hebe de Bonafini, Liliana Bodoc, Rodolfo Braceli, Juan Sasturain, Liliana Escliar, Marcos Silver, Pablo De Santis y Martín Caparrós.

Hasta el lunes próximo, cuando concluirá la Feria del Libro mendocina, se prevé que asistan también Ernesto Jauretche, Alberto Laiseca, María Rosa Lojo, Leonardo Oyola, Gustavo Romero Borri, Ricardo Burzaco, Washington Cucurto, Roberto Chavero (hijo) y Eduardo Llanos Melusa.


sábado, 4 de outubro de 2008

domingo, 21 de setembro de 2008

O consumismo que mata o Planeta a cada dia

Qui, 18 Set, 02h08

O consumismo que mata o Planeta a cada dia


Por Giuliana Reginatto e Cecilia Nascimento

São Paulo, 18 (AE) - Para que o Planeta Terra e, dentro dele, o Brasil, continuem a ser habitáveis para as próximas gerações, é preciso abandonar valores externos, que servem a outras nações mas ferem a individualidade nacional. O principal deles, segundo especialistas em meio ambiente, é o padrão de consumismo aprendido há décadas com os EUA. Em suaves prestações, a conta dessa dependência cultural começa a ser paga: modos de vida que o País é incapaz de sustentar sem depredar os próprios recursos.

"No Brasil, o consumo está relacionado ao status, faz o sujeito se identificar com a classe média. Isso reflete a baixa auto-estima do brasileiro. É uma noção de bastardia, um complexo de povo colonizado que se arrasta desde os tempos da Metrópole portuguesa", analisa o sociólogo e antropólogo Maurício Waldman, doutor em geografia.

Waldman trabalha diante do computador, mora perto da Avenida Paulista, centro financeiro de São Paulo, e adora carne - embora tenha reduzido o consumo: não pairam sobre ele imagens sempre associadas a ambientalistas importantes: 'bicho-grilo', vegetariano ou habitante de alguma vila paradisíaca do Nordeste. "Preservar a natureza não é ser 'ecochato'. Simplesmente não há Planeta para criar tanto boi, não há espaço para descartar tanto lixo. As pessoas terão de rever os padrões de consumo. Não basta só se engajar em movimentos a favor dos golfinhos."

Sem carro há nove anos, Waldman alterna passeios a pé e de bicicleta. "Quando é necessário uso o transporte público, não sou radical, mas venho diminuindo o impacto ambiental que mais um automóvel provocaria na cidade. O Denatran calcula que em 2050 serão 5 bilhões de carros. A Terra tem 6 bilhões de pessoas, será uma situação insustentável, não há ar que resista. E não se faz ecologia só com boas intenções."

Para facilitar seu cotidiano em São Paulo , Waldman optou por trabalhar em casa. Assim, controla melhor o fluxo de produtos consumidos pela família: da compra ao descarte. "O Brasil responde por 6,89% do lixo domiciliar mundial, quase o dobro do aceitável. Nosso agravante é cultural: há uma falsa idéia de fartura, de recursos abundantes, como se nada fosse terminar. São observações simplórias sobre o assunto. Não basta fechar a torneira para economizar água. É preciso escolher alimentos que consumam pouca água na fabricação. Um quilo de carne vermelha consome 100 litros, o suficiente para se tomar banho por quatro anos e meio."

Diretora técnica do Programa USP Recicla, a geógrafa Beth Lima também enfatiza a idéia de co-responsabilização do cidadão pelo impacto que ele provoca no ambiente. "É preciso trabalhar os costumes. Historicamente, sempre foi delegado a alguém cuidar do lixo: do gari que varre ao caminhão que coleta. Ninguém parece sentir-se responsável pelo destino final do produto comprado. Observa-se só a praticidade e as facilidades do produto, mas a responsabilidade do consumidor deveria se estender da compra até o descarte de seus resíduos. Essa é uma percepção a ser trabalhada com as novas gerações ", diz.

Infância ecológica

"Fecha a torneira, não vai ter água quando eu crescer!" Quem pede é Pedro, de três anos, um representante dessa nova geração que começa a olhar diferente para a natureza que há em volta. "Sempre que vê a torneira aberta ele diz isso. Também aprendeu a limpar o lixo: lava os potinhos e coloca no reciclado.

Recentemente, ganhou um kit de jardinagem e agora brinca de escolher ervas culinárias na chácara do avô para plantarmos em nosso apartamento", conta a mãe dele, Elisabete Giomo, 36 anos. Consumir alimentos cultivados em casa e outras práticas comuns no passado, como usar fraldas de pano e fabricar sabão à base de óleo, encontram resistência no Brasil apesar de conquistarem grande público na Europa. Não é à toa que certas alternativas ecológicas, como os coletores menstruais de silicone, reutilizáveis por dois anos, nem existem por aqui.

Na Internet, o inglês MoonCup (www.mooncup.co.uk/) e o finlandês Lunette (www.lunette.fi/english_index.html), são algumas das marcas disponíveis. Pode parecer idéia do tempo da vovozinha, mas é também daquela época um Rio Tietê, famoso no Brasil inteiro pelo mau cheiro atualmente, no qual se podia nadar e um céu menos cinza nos dias de verão.

Boxe:

POR QUE ELES AMEAÇAM O MEIO AMBIENTE?

ÓLEO

De acordo com Sabesp, 1 litro de óleo de cozinha é capaz de poluir 1 milhão de litros de água. Antes de jogá-lo ralo abaixo, saiba que é um dos principais responsáveis por entupimentos. De volta aos rios, por ser mais leve, fica na superfície, impedindo a oxigenação da água e causando a morte dos peixes. O melhor é reservá-lo em garrafas pet. Na Grande São Paulo, o Instituto Triângulo recolhe óleo gratuitamente. Basta ligar: (11) 4991-1112.

PLÁSTICO

O material em plástico pode levar até 100 anos para se degradar na natureza e acaba poluindo as águas. Um dos produtos preocupantes é a sacolinha plástica: em São Paulo, os ambientalistas estimam que elas correspondam a 18% das 15 mil toneladas de lixo produzidas diariamente. Em 2007, a Prefeitura de São Paulo criou a campanha 'Eu não sou de plástico', para promover o uso das sacolas de pano. Em alguns países, como o Canadá, as sacolas de plástico já são proibidas.

CARNE

Produzir uma libra de proteína de carne requer até 16 vezes mais água do que produzir a quantidade equivalente de proteína vegetal. Além de contribuir para a escassez de água, a pecuária estimula o desmatamento e o efeito estufa. Quase a metade da massa de terra do Globo é usada como pasto. Segundo a ONU, a produção de carne pode agravar a fome no mundo ao desviar grãos e terras férteis para sustentar gado ao invés de pessoas

sábado, 20 de setembro de 2008

Placas nas nossa praça



A minha Mãe não se cansa, sempre que a turma da Comlurb do setor Parques e Jardins, aparece (quando aparece) na praça que a gente frequenta na Praia de Botafogo, em frente ao Mourisco, ela toca sempre no mesmo assunto: "- O moço(a) manda o seu prefeito colocar umas placas aqui no parque mandando as pessoas pegarem o cocô dos seus cachorros, eu tenho cachorro e pego e a minha mão nunca quebra!", quem sabe um dia eles escutam a Mamãe. Bom, hoje não foi diferente.

Vamos combinar, nem cachorro gosta de pisar em merda de cachorro!

Fonte: Blog do Maximiliano

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Arthur Moreira Lima leva mais de 3 mil à praça em Irecê

Prefeitura Municipal de Irecê
Cidade
-
21/7/2008

Para um público atento e silencioso, durante 1h30, Arthur Moreira Lima executou as principais músicas de compositores eruditos e populares, brasileiros e mundiais


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Antes do sol se pôr neste sábado, 19, a Praça Góes Calmon, no centro de Irecê, começou a ter uma movimentação diferente. Sob o olhar curioso de alguns moradores, cerca de 20 homens trabalhavam na desmontagem de um caminhão Scania estacionado bem no meio da praça. Em menos de duas horas, o caminhão é transformado num palco de 45 m² tendo ao centro apenas um piano de cauda. O som dos alto-falantes anunciava que “às 19h, haveria a apresentação do aclamado pianista carioca Arthur Moreira Lima”.

Enquanto o palco estava sendo preparado, por volta das 18h30, no aeroporto da cidade, centenas de moradores foram acompanhar o desembarque do governador Jaques Wagner, acompanhado da primeira-dama do estado, Maria de Fátima Mendonça, e do Secretário de Cultura Márcio Meireles. Entre os moradores, a ansiedade era maior para Jacira Benício Lima, de 38 anos, deficiente visual. Ela recebeu da primeira-dama que também é presidente das Voluntárias Sociais, uma máquina de escrever em braile, um antigo pedido atendido pela instituição.

Convidados do artista, o governador, a primeira-dama e o secretário ocuparam uma das mil cadeiras reservadas para a platéia em plena praça pública. O número dos que ficaram de pé passou de 2 mil pessoas.

O advogado Cleonídio Vasconcelos, 68 anos, chegou bem cedo para ocupar um lugar bem à frente e não perder uma nota do concerto. Afinal, “Irecê nunca antes abrigou um evento desse porte, e é um privilégio, porque esse é um nome muito importante da música clássica universal”, disse ele.
O projeto um Piano pela Estrada 2008 - Brasil Sertões, que começou no extremo sul da Bahia em 26 de junho, fez em Irecê a 17ª das 20 apresentações previstas no estado. O palco itinerante de Moreira Lima deverá percorrer quase 90 cidades de 13 estados do norte e nordeste, centro –oeste e sudeste até o mês de dezembro.

Para um público atento e silencioso, durante 1h30, Arthur Moreira Lima executou as principais músicas de compositores eruditos e populares, brasileiros e mundiais num repertório com Bach, Mozart, Bethoven, Astor Piazzolla, Luiz Gonzaga e Vila-Lobos.

Entre uma música e outra, o pianista fez uma breve explicação sobre a vida de cada autor e sua obra, numa interação com o público formado em sua maioria por pessoas que nunca antes tiveram acesso à esse tipo de música.

O agricultor Adauto Correia que não conhecia Moreira Lima mas foi convencido a ir apreciar o espatáculo pela mulher, a auxiliar de escritório Elizete Lima, também fez questão de levar a filha do casal, Stella, de 3 anos. “É a chance de mostrar a ela a música clássica, numa região tão carente dessas manifestações culturais”, afimou o agricultor.

O espetáculo Um piano pela Estrada 2008 tem diversos patrocinadores, entre eles a Secretaria de Cultura da Bahia.
“Como foi demonstrado aqui, essa história de que o povo não gosta de música clássica não passa de um mito. Basta dar acesso a essas manifestações para perceber isso, em qualquer cidade do interior da Bahia por onde a caravana já passou”, firmou Márcio Meireles.

Nascido no Rio de Janeiro mas com formação musical aperfeiçoada na Europa, Arthur Moreira Lima não esconde a satisfação e a alegria que os concertos em praça pública lhes têm dado. “Em todas as cidades da Bahia, a média tem sido de duas mil pessoas por espetáculo. Esse resultado superou as minhas expectativas mais otimistas”, afirmou o músico numa entrevista concedida num hotel, logo após o concerto. Ele também acrescentou que ficou surpreso com a boa receptividade. “Na Bahia, o público não deixa nada a desejar em relação às platéias de teatros de todo os países da Europa, o continente onde a música clássica tem mais apreciadores e maior penetração”, disse sem disfarçar o sorriso largo.

Apreciador de longas datas do virtuose Moreira Lima, Jaques Wagner ficou muito feliz em ver a praça totalmente tomada por um público silencioso e reverente.
“O povo gosta de música, teatro, dança, cultura enfim, e por isso é preciso que os governantes ofereçam alternativas de manifestações artísticas de todas as matizes, sem nenhum tipo de preconceito”, disse o governador.