sexta-feira, 2 de abril de 2010

casas sustentaveis

Casa popular contra terremotos e furacões é apresentada no 5° Fórum Urbano Mundial

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Casa popular com tecnologia contra terremotos e furacões (Foto: O  Globo)

Casa popular com tecnologia contra terremotos e furacões (Fotos: O Globo)

Rio de Janeiro - Das madeiras serradas, painéis e compensados são construídas casas populares de baixo custo e resistentes a desastres, como furacões e terremotos. Além disso, o mobiliário urbano do entorno também é todo sustentável e pronto para enfrentar abalos sísmicos. Durante o Fórum Urbano Mundial, que acontece até sexta-feira, o Conselho Euro-Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável (EUBRA) apresenta o projeto Home4Haiti, com tecnologia inspirada na muralha da China. O modelo de residência foi desenvolvido por arquitetos brasileiros e italianos e pretende contribuir para a reconstrução do Haiti.

No projeto há dois tipos de casas, ambas de 50 metros quadrados, incluindo dois dormitórios, sala, banheiro e cozinha. A primeira faz uso de tijolos queimados, cimento e estrutura em aço. O prazo para construção é de, no máximo, 20 dias e o custo da casa pronta é de R$ 8 mil. Já a segunda é feita de madeira reaproveitada do Pará e do Maranhão. O custo da casa fica entre R$ 9 mil e R$ 11 mil, sem a montagem.

“A gente bolou um sistema de ventilação forçada, uma tecnologia simples, para que a casa possa ser vedada em casos de furacão. Para proteger a residência de terremotos, a gente usou pneus velhos, suporte de aço e tijolos solo cimento para fazer o amortecimento dos pilotis”, explica o presidente da EUBRA, Robson Oliveira.

Detalhe do sistema de amortecimento da casa

Detalhe do sistema de amortecimento da casa

Móveis utilitários também são feitos com sobras de madeiras. A tecnologia de iluminação LED abastecida por energia eólica e solar, usada nas luminárias de rua, é proveniente da China e será transferida para o Brasil e o Haiti. O projeto prevê que as comunidades brasileiras e haitianas envolvidas sejam beneficiadas pelo projeto através de formação técnica, geração de emprego e renda e, portanto, melhor qualidade de vida.

O Fórum Urbano Mundial foi estabelecido pelas Nações Unidas para analisar um dos problemas mais urgentes que o mundo enfrenta hoje: a rápida urbanização e seu impacto nas comunidades, cidades, economias, mudanças climáticas e políticas. O tema central deste ano é “O Direito à Vida: Unindo o Urbano Dividido”. As discussões são divididas em seis eixos: Levando Adiante o Direito à Cidade; Unindo o urbano Dividido; Acesso Igualitário à Moradia; Diversidade Cultural nas cidades; Governança e Participação; e urbanização sustentável e inclusiva.


Casa sustentável projetada por estudantes brasileiros concorre na Espanha

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Fachada da Casa Solar Flex, criada por estudantes de seis  universidades brasileiras (Foto: Divulgação)

Fachada da Casa Solar Flex, criada por estudantes de seis universidades brasileiras (Foto: Divulgação)

Rio de Janeiro - As portas da casa podem ser deslocadas por toda a fachada, para serem posicionadas de acordo com a incidência do sol. Persianas especiais são instaladas nas janelas para permitir a entrada de luz sem deixar que o calor passe para os ambientes. Tudo é flexível para aproveitar ao máximo a energia solar. Foi partindo desse conceito que estudantes brasileiros de seis universidades criaram, juntos, a Casa Solar Flex. O projeto participará da competição internacional Solar Decathlon Europe (SDE), que acontecerá em junho deste ano, em Madri, na Espanha. A casa foi toda planejada para ser energeticamente sustentável e, depois de transportada até a capital espanhola em contêineres, será construída em apenas sete dias.

“A gente mandou uma proposta no início de 2008. A ideia era, além de investir em tecnologias sustentáveis, mudar os hábitos dos moradores. A partir daí, começamos a desenvolver o projeto. A casa foi construída para um casal, mas pode servir de residência temporária e até de hotel”, diz José Ripper Kos, coordenador da parte de arquitetura do projeto.

Varanda  da Casa Solar Flex, criada por estudantes de seis universidades  brasileiras

Varanda da Casa Solar Flex, criada por estudantes de seis universidades brasileiras

Com 70 metros quadrados de área construída, a casa, feita de material pré-fabricado, tem sala de estar, dormitório, cozinha e área externa. No centro da residência, há uma tela para mostrar ao morador todo o funcionamento dos ambientes. Através de um sistema de automação, painéis fotovoltaicos da fachada são acionados de acordo com o posicionamento do sol para aproveitar ao máximo a energia solar. Além disso, informações sobre a meteorologia ficam disponíveis para que o morador possa controlar a entrada de luz nos ambientes.

Soluções como captação de água da chuva, espaço para armazenamento de resíduos e fundações superficiais tornam a casa autônoma e reduzem a praticamente zero seu impacto no meio-ambiente. O que possibilita que ela seja instalada nos locais mais remotos, desprovidos de infraestrutura. E é por isso que, de acordo com José Ripper, o grupo de estudantes responsável pelo desenvolvimento do projeto pretende, através de subvenção do governo, atender regiões no Brasil que não tenham energia elétrica.

Casa  Solar Flex, projeto de alunos de seis universidade brasileiras

Casa Solar Flex, projeto de alunos de seis universidade brasileiras

“Esta casa foi planejada para se adaptar ao clima espanhol, o que pode encarecer o custo de sua construção. Mas, com algumas adaptações e auxílio de programas do governo, podemos reduzir os gastos da casa, torná-la economicamente viável às populações de lugares onde a energia elétrica é parca ou inexistente”, adianta o arquiteto.

O grupo, chamado de Consórcio Brasil, é composto por alunos das universidades federais do Rio (UFRJ), Minas Gerais (UFMG), Santa Catarina (UFCS) e Rio Grande do Sul (UFRGS), além das estaduais de Campinas (Unicamp) e São Paulo (USP). Para montar o projeto ideal, o consórcio fez um concurso interno, em que estudantes das seis universidades entregaram seus próprios projetos. O júri foi composto por professores de todas as universidades e da Politécnica de Madri.

Esta é a primeira vez que o Brasil participa do evento. Durante a competição, estudantes de Madri ocuparão as casas participantes do evento para desempenhar atividades diárias da casa. A partir daí, será escolhido o vencedor.




Casas construídas com plástico reciclado

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