Há grande diferença entre o que se espera de cada sexo numa entrevista de emprego
Por Minha Vida
Homens modestos e mulheres muito dominantes podem ter dificuldades em se sair bem na hora de uma entrevista de emprego, diz um estudo feito pela Universidade de Nova Jersey e publicado pelo jornal Psychology of Men and Masculinity.
Na pesquisa, 132 mulheres e 100 homens que tinham experiência na área de recrutamento de profissionais viram vídeos de entrevistas de emprego com ambos os sexos. Os entrevistados na verdade eram atores contratados para se comportar como pessoas modestas ou como dominantes. Parte dos atores deram respostas "neutras" quando foram questionados sobre o cargo que queriam ocupar e na hora de falar sobre suas habilidades, enquanto outros ressaltaram suas qualidades e mostraram-se confiantes e independentes.
Já nas mulheres, a modéstia não foi vista como negativa ou ligada ao status social. Segundo a pesquisa, as mulheres têm que ser orientadas, cultas e comunicativas, mas não podem ter um ar dominante.
"Essa diferença no que chama atenção nos homens e nas mulheres é causada pelo estereotipo que temos de cada sexo. A sociedade está acostumada com homens fortes e mulheres frágeis. Por isso, homens com um ar de super-herói e mulheres não dominantes tiveram mais sucesso na entrevista. Mas é importante ressaltar que competência, habilidades profissionais e a formação acadêmica são os pontos mais importantes segundo os recrutadores", diz a líder do estudo Corrine A. Moss- Racusin.
A aparência também conta pontos
Além da diferença no comportamento, a maneira como um profissional se veste é decisiva. Segundo um outro estudo realizado pela Universidade de Yale, nos Estados Unidos, a aparência pode contar pontos não apenas na hora de conseguir um emprego, mas também na hora da definição do salário
A pesquisa aconteceu com mais de quatro mil jovens de ambos os sexos e se baseou na aparência e no salário que cada um deles recebia. Cerca de 7% dos voluntários foram considerados muito mais atraentes do que a média, na opinião dos analistas, enquanto 8% dos participantes estavam abaixo da média.
Foi então que a comparação dos salários mostrou que aqueles menos atraentes recebiam um salário menor do que os jovens que estavam na média ou acima dela. A diferença média de salário chegou a 10%. Mesmo diante dos números, os pesquisadores ainda não conseguem explicar o porquê dessa desigualdade, mas afirmam que os resultados comprovam que a imagem que passamos durante uma simples conversa faz diferença quando o assunto está ligado à carreira.
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