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Davos (Suíça), 26 jan (EFE).- O Fórum Econômico Mundial começou nesta quarta-feira em Davos uma nova reunião anual à qual assistem 2,5 mil nomes da elite política e econômica, com a missão de debater a nova realidade criada pela maior crise financeira e econômica global desde a Grande Depressão.
Ao menos 30 chefes de Estado e de Governo farão parte do encontro na estação alpina suíça, como a alemã Angela Merkel, o francês Nicolas Sarkozy, o britânico David Cameron, o colombiano Juan Manuel Santos e o mexicano Felipe Calderón.
Participam ainda o presidente da União Europeia, Herman van Rompuy, e cerca de seis comissários, além de Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu.
Os Estados Unidos estarão representados por Timothy Geithner, secretário do Tesouro.
Após a suspeição de sua participação devido ao atentado de segunda no principal aeroporto de Moscou, que causou 35 mortos, o presidente russo, Dmitri Medvedev, chegará a Davos a tempo de fazer o discurso inaugural, às 18h30 no horário local (15h30 de Brasília).
Medvedev, no entanto, reduzirá ao mínimo sua estadia em Davos para retornar imediatamente a Moscou.
O fundador e presidente do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, resumiu o espírito desta nova reunião de Davos em um jornal alemão ao afirmar que após a crise se abre "uma era de modéstia".
"Nesta nova realidade, somos nós, as vítimas coletivas, que devemos construir o futuro mais seguro. E como nem os Governos, nem as empresas sozinhas poderão superar a complexidade dos desafios globais, a fronteira entre economia e política será ainda menor", ressaltou.
Os riscos econômicos globais, o aumento dos preços dos produtos básicos, o grave desemprego e as dívidas soberanas serão alguns dos assuntos que centrarão as discussões econômicas até no domingo, quando concluirá a reunião.
Uma demonstração de que o mundo mudou está no número de participantes vindos da China e da Índia, que se multiplicou cinco vezes na última década. Justamente, os dois países são os que têm as delegações mais numerosas.
Na terça-feira, prévio à abertura do Fórum, a tradicional pesquisa mundial de executivos-chefes que há 14 anos é elaborada pela empresa de consultoria PricewaterhouseCoopers indicou que, em nível global, onde as empresas já saem da crise, as preocupações respondem a como adaptar-se, ao entorno pós-crise, como reduzir o excesso de regulação e como encontrar oportunidades de crescimento.
A maior preocupação dos executivos-chefes sobre os riscos para o crescimento econômico é a instabilidade política. EFE
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