sexta-feira, 12 de março de 2010

Assassino de Glauco é conhecido da família, segundo a polícia


Sex, 12 Mar, 12h56

Por Redação Yahoo! Brasil

A polícia procura o estudante universitário Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, de 24 anos, principal suspeito do assassinato do cartunista Glauco Villas Boas e seu filho, Raoni. O crime ocorreu na madrugada desta sexta-feira (12).

Segundo a polícia, o suspeito frequentava a igreja Céu de Maria -, fundada por Glauco há cerca de 15 anos e que seguia a doutrina do Santo Daime -, mas estava afastado dos cultos havia seis meses.

As primeiras informações sobre a morte do artista e seu filho davam conta que as mortes haviam ocorrido durante uma tentativa frustrada de assalto à residência da família, na Estrada Alpina, no bairro Jardim Santa Fé, em Osasco, na Grande São Paulo.

O estudante teria ido à casa de Glauco levando uma pistola. Supostamente teria havido discussão, na qual o rapaz disse que iria se matar, e pai e filho tentaram demovê-lo da ideia.

O advogado da família, Ricardo Handro, deu, também num primeiro momento, uma versão diferente, alegando que dois homens invadiram a residência. Eles estariam drogados e com ameaças teriam rendido o cartunista, sua mulher e filha. Após negociações com os suspeitos, Glauco saiu com os bandidos e foram surpreendidos por seu filho Raoni, que chegava da faculdade. Nesta hora os bandidos teriam atirado.

Os corpos de Glauco e Raoni foram liberados no fim da manhã desta sexta. A pedido da família, o velório será uma cerimônia reservada e o acesso ao público só será permitido no enterro, previsto para amanhã, no Cemitério Gethsemani Anhanguera.

Glauco era o criador dos personagens Geraldão, Dona Marta e Casal Neuras, entre outros. Ele manteve-se fiel ao seu traço único, com nanquim no papel.

Veja o site oficial do cartunista.

No começo dos anos 70, o paranaense Glauco foi trabalhar no "Diário da Manhã", em Ribeirão Preto, onde fazia a tira "Rei Magro e Dragolino". Pouco tempo depois, em 1976, o jovem cartunista foi premiado no Salão de Humor de Piracicaba. Com o destaque do prêmio, no ano seguinte ele começou a publicar esporadicamente suas tiras na "Folha de S. Paulo". Mas foi a partir de 1984 que ele passou a desenvolver tiras diárias para competir com as americanas.

Foi na Folha, que começou a parceria com Angeli e Laerte. Os três alcançariam sucesso nas bancas em revistas como a "Chiclete com Banana", com tiragens de até 150 mil exemplares. Ele também fez parte da equipe de redatores do program "TV Pirata", da TV Globo.

O que é o Santo Daime?
O Santo Daime é uma religião originária do norte do Brasil. Segundo o site da igreja, o Culto Eclético da Fluente Luz Universal é "um trabalho espiritual, que tem como objetivo alcançar o autoconhecimento e a experiência de Deus ou do Eu Superior Interno."

Para isso, eles se ultilizam, dentro de um contexto ritual tido como sagrado, da bebida enteógena sacramental conhecida como ahyausca e que foi rebatizada pelo Mestre Irineu, fundador da igreja, como Santo Daime. Os adeptos lembram que o uso de uma substância enteógena como sacramento parece ter feito parte das principais tradições religiosas da antiguidade e fornecido a base visionária de muitas das principais grandes religiões hoje existentes no mundo.

Ainda de acordo com os fundadores da igreja, o "culto litúrgico, que se resume em comungar, nas datas apropiadas, a bebida à guiza de sacramento, se denomina Eclético, por que suas raízes estão impregnadas de um forte sincretismo entre vários elementos culturais,folclóricos e religiosos.O uso do sacramento Santo Daime é relizado nas datas do seu calendário festivos, obedecendo as regras rituais que foram estabelecidas pelo Mestre Irineu e pelo Padrinho Sebastião."

A Doutrina do Santo Daime ou a Doutrina do Mestre Irineu, como também é identificada, nasceu dentro da floresta, brotou no seio do seu povo, uma gente muito humilde e digna. A sua mensagem, que se encontra reunida na forma de coleções de hinos recebidos pelos mestres e adeptos,prega o amor pela natureza e consagra o mundo vegetal e todo o planeta como sendo o cenário sagrado da nossa mãe-terra.

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