sexta-feira, 12 de março de 2010

Tiau, Glauco!

O Brasil fica mais triste hoje, morre um dos maiores cartunista da minha geração: Glauco Villas Boas, aos 53 anos, na madrugada de hoje após ser baleado durante uma suposta tentativa de assalto, em sua casa, na Grande São Paulo, assim como o seu filho de 25 anos, Raoni. Eu que passei uma boa parte da minha horripilante adolescência, como toda boa adolescência deve ser, me deliciando com Geraldão, Chiclete com Banana e Piratas do Tiete, não consigo imaginar que não exista mais a possibilidade de encontrar Los Três Amigos: Glauco, Angeli e Laerte em um HQ, que juntos os três cartunistas mostraram ao mundo que os HQs nacionais não eram só Maurício de Souza, em uma época que hoje parece tão remota.


É completamente insano, perder um artista revolucionário como o Glauco para uma pistola de um assaltante. Seu bem maior, a sua criatividade, ele já compartilhava com todos nós. Com a Morte do Glauco todos ficamos órfãos, não temos mais os nossos anti-heróis, marca registrada do artista com o seu traço simples e humor ácido.


Para quem ainda não conhece a sua obra, Glauco publicava em UOL Humor dois de seus personagens: Netão e Ficadinha, no jornal Folha de S.Paulo, diariamente na Folha Quadrinhos, e na Página 2, de editoriais Charges Políticas. Glauco também colaborava mensalmente com quadrinhos do Geraldinho para a Folhinha, o suplemento infantil da Folha de S. Paulo. Publicou três livros: "Minorias do Glauco", independente, em 1981, e pela Circo Editora, "Geraldão" e "Abobrinhas da Brasilônia". Também pela Circo Editora lançou entre os anos 80 e 90 cerca de 40 revistas do "Geraldão".


Glauco, seja feliz no céu dos cartunista, pois deve existir um só para vocês.

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