Sex, 10 Dez, 06h30
Sakineh Ashtiani, a iraniana acusada de adultério e cumplicidade no assassinato do seu marido, não foi libertada, informou a emissora estatal "PressTv". Segundo indicara na quinta-feira o Comitê Internacional contra o Apedrejamento, Sakineh havia sido liberada, mas a informação divulgada pelo site da cadeia estatal desfaz o mal-entendido.
Segundo a emissora, Sakineh foi tirada da prisão e levada à sua casa por algumas horas para filmar a reconstrução do crime para um programa especial que será veiculado nesta sexta-feira pela "PressTv".
"A mulher acusada de assassinato e adultério acompanhou uma equipe da emissora à sua casa para relatar os detalhes do assassinato do seu marido no cenário do crime", diz parte da notícia.
"Ao contrário do publicado amplamente pela imprensa internacional sobre a libertação de Sakineh, o certo é que uma equipe de produção em colaboração com a 'PressTv' chegou a um acordo com a Justiça para recriar com ela a cena do crime", acrescenta o segundo parágrafo.
A cadeia assinala que a história completa será emitida às 18h35 (horário de Brasília) dentro do programa "Irã Today", que veiculará testemunhos do seu filho, Sajad Ghaderzadeh, e o advogado de Sakineh, Javid Houtan Kian, que também estão detidos.
As esperanças sobre a libertação de Sakineh, de 43 anos, foram alimentadas nesta quinta-feira depois de o Comitê Internacional contra o Apedrejamento ter anunciado que tinha informações procedentes do Irã apontando nesse sentido.
Apesar da inesperada notícia, as esperanças cresceram depois de a "PressTv" divulgar uma série de fotografias nas quais a mulher, de etnia azeri, era vista posando em sua casa na última segunda-feira.
No entanto, uma parte do documentário emitido na noite de quinta-feira pela própria cadeia já deu pistas de que a esperança de libertação era infundada, já que em uma das imagens a mulher afirmava: "Planejamos a morte do meu marido". EFE
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