sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Dissidentes do WikiLeaks finalizam projeto chamado OpenLeaks

Sex, 10 Dez, 06h29

ESTOCOLMO (AFP) - Dissidentes do portal WikiLeaks e pessoas irritadas com seu fundador, Julian Assange, anunciaram nesta sexta-feira que finalizam um projeto semelhante, chamado OpenLeaks, que será lançado em breve e terá como objetivo facilitar o vazamento diretamente para a mídia.

Ao contrário do WikiLeaks, o portal OpenLeaks não publicará diretamente na internet, mas permitirá que os meios de comunicação parceiros recebam as informações, explicaram o ex-porta-voz alemão do WikiLeaks, Daniel Domscheit-Berg, e o antigo membro da organização, o islandês Herbert Snorrason.

"OpenLeaks é um projeto tecnológico que tem por objetivo ser um prestador de serviços a terceiros que desejam receber informações de fontes anônimas", declarou Domscheit-Berg em um documentário sobre o Wikileaks que será transmitido no domingo à noite pelo canal de televisão sueco SVT, e que a AFP teve acesso.

O link do futuro do portal, openleaks.org, está ativo e anuncia que estará "disponível em breve".

Seus promotores explicaram que abandonaram o projeto do WikiLeaks por divergências com a estratégia seguida por Assange e criticaram sua "atitude ditatorial".

Criado em 2006, o site WikiLeaks, especializado na publicação de documentos confidenciais, causou uma tempestade diplomática com a divulgação de milhares de telegramas diplomáticos americanos.

Seu fundador, o australiano Julian Assange, está preso desde terça-feira em Londres, em virtude de uma ordem de prisão internacional lançada pelas autoridades suecas por um suposto caso de estupro.

TV iraniana desmente ONG e diz que Sakineh não foi libertada

Sex, 10 Dez, 06h30

Sakineh Ashtiani, a iraniana acusada de adultério e cumplicidade no assassinato do seu marido, não foi libertada, informou a emissora estatal "PressTv". Segundo indicara na quinta-feira o Comitê Internacional contra o Apedrejamento, Sakineh havia sido liberada, mas a informação divulgada pelo site da cadeia estatal desfaz o mal-entendido.

Segundo a emissora, Sakineh foi tirada da prisão e levada à sua casa por algumas horas para filmar a reconstrução do crime para um programa especial que será veiculado nesta sexta-feira pela "PressTv".

"A mulher acusada de assassinato e adultério acompanhou uma equipe da emissora à sua casa para relatar os detalhes do assassinato do seu marido no cenário do crime", diz parte da notícia.

"Ao contrário do publicado amplamente pela imprensa internacional sobre a libertação de Sakineh, o certo é que uma equipe de produção em colaboração com a 'PressTv' chegou a um acordo com a Justiça para recriar com ela a cena do crime", acrescenta o segundo parágrafo.

A cadeia assinala que a história completa será emitida às 18h35 (horário de Brasília) dentro do programa "Irã Today", que veiculará testemunhos do seu filho, Sajad Ghaderzadeh, e o advogado de Sakineh, Javid Houtan Kian, que também estão detidos.

As esperanças sobre a libertação de Sakineh, de 43 anos, foram alimentadas nesta quinta-feira depois de o Comitê Internacional contra o Apedrejamento ter anunciado que tinha informações procedentes do Irã apontando nesse sentido.

Apesar da inesperada notícia, as esperanças cresceram depois de a "PressTv" divulgar uma série de fotografias nas quais a mulher, de etnia azeri, era vista posando em sua casa na última segunda-feira.

No entanto, uma parte do documentário emitido na noite de quinta-feira pela própria cadeia já deu pistas de que a esperança de libertação era infundada, já que em uma das imagens a mulher afirmava: "Planejamos a morte do meu marido". EFE

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

ONG alemã anuncia libertação de iraniana Sakineh

1 hora, 3 minutos atrás

BERLIM (AFP) - A iraniana Sakineh Mohammadi-Ashtiani, condenada a morrer apedrejada, foi libertada, assim como seu filho e seu advogado, informou à AFP o comitê contra o apedrejamento, com sede na Alemanha, uma notícia recebida com cautela pela comunidade internacional, diante da falta de confirmação oficial de Teerã.

"Recebemos do Irã a informação de que estão livres", disse à AFP Mina Ahadi, porta-voz do comitê.

"Esperamos ainda a confirmação. Aparentemente, esta noite haverá um programa que deve ser exibido na televisão e aí saberemos 100%. Mas, sim, ouvimos que está livre e também seu filho e seu advogado", disse Ahadi por telefone por volta das 19h30 (16h30 de Brasília).

Teerã ainda não fez qualquer comentário a respeito. No entanto, fotografias divulgadas esta quinta-feira, afiançadas por meios de comunicação do Ocidente, e que mostrariam Sakineh em casa, no domingo, durante uma breve saída na semana passada para uma entrevista televisiva, poderiam ter dado origem a falsas notícias da libertação.

As reações da comunidade internacional à notícia da libertação de Sakineh têm sido de cautela.

O ministro italiano das Relações Exteriores, Franco Frattini, manifestou satisfação com a notícia, afirmando que este seria "um grande dia para os direitos humanos", mas destacou que "está verificando" a informação, divulgada pelo comitê.

Em Berlim, o ministério alemão das Relações Exteriores assegurou, em entrevista à AFP, não estar a par das libertações de Sakineh, de seu filho e do advogado. "Não podemos confirmar estas notícias", disse um porta-voz.

Na França, o Quai d'Orsay, sede do ministério das Relações Exteriores, anunciou que se esforçará por confirmar a libertação de Sakineh, insistindo em que ainda não tem esta confirmação.

"Nós procuramos verificar a informação. Não temos confirmação" ainda, informou o Quai d'Orsay à AFP.

Mohammadi-Ashtiani, uma viúva de 43 anos e mãe de dois filhos, foi detida em Tabriz (noroeste do Irã) e condenada à morte por dois tribunais diferentes em 2006 pelo envolvimento no assassinato do marido. Em 2007, a pena de morte na forca pelo assassinato foi reduzida, em apelação, a 10 anos de prisão, mas a sentença à morte por apedrejamento por adultério foi confirmada no mesmo ano por outra corte de apelação.

A revelação do caso, em julho passado, por associações de direitos humanos, causou uma forte mobilização no Ocidente, onde muitos países e personalidades pediram que a sentença não fosse aplicada, qualificando-a como "selvagem".

Em julho, Teerã afirmou que a sentença havia sido "suspensa" para uma revisão do caso, ainda em curso.

Em 22 de novembro, o chefe do Conselho de Direitos Humanos iraniano, Mohammad Javad Larijani, disse que havia "uma grande possibilidade de que a Justiça iraniana perdoasse a vida" a Sakineh Mohammadi-Ashtiani, durante entrevista à TV em língua inglesa Press-TV.

Mohammad Javad Larijani é irmão do aiatolá Sadegh Larijani, chefe da autoridade judicial iraniana, da qual depende o Conselho de Direitos Humanos, e do presidente do Parlamento, Ali Larijani.

Por outro lado, o filho de Sakineh, Sajed Ghaderzadeh, e seu advogado, Hutan Kian, foram detidos em 10 de outubro em Tabriz quando eram entrevistados por dois jornalistas alemães que teriam entrado sem visto de imprensa em território iraniano e que também foram detidos e presos.

Para a Alemanha, este é um assunto delicado, visto que os dois alemães (um jornalista e um fotógrafo que trabalhavam para o jornal Bild am Sonntag, do grupo Axel Springer) continuam nas mãos da Justiça iraniana, que os acusa de ter entrado no país sem o visto exigido para exercer o trabalho de jornalista.

Na segunda-feira passada, o procurador-geral Gholam Hossein Mohseni Ejeie assegurou que a investigação contra os dois jornalistas "continua" e que "por enquanto" não foram acusados oficialmente de espionagem.

Presidente Lula defende WikiLeaks e faz “o primeiro voto de protesto”

TecnoBlog, 09/12/2010 às 14h22 por Thássius Veloso

Por enquanto só temos visto a sociedade civil posicionar-se a favor de Julian Assange e do WikiLeaks. Todos os governos envolvidos no Cable Gate mostram-se sempre contra o site, inclusive o Secretário de Defesa dos Estados Unidos e Hillary Clinton, a Secretária de Estado dos EUA. E não é que o nosso presidente Lula foi o primeiro chefe de Estado a solidarizar com a causa do site?

Interrompemos a nossa programação para o pronunciamento do Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.


(YouTube)

Lula é muito claro no que diz: Assange estava apenas divulgando informações, sem cometer qualquer crime por causa disso. O que ele fez foi desnudar a atividade diplomática, até então inatingível por nós, meros mortais, e torná-la pública, acessível a todos. “É engraçado, não tem nada contra [o cerceamento à] liberdade de expressão”, diz o presidente, em respeito à divulgação feita pelo WikiLeaks.

O presidente ainda deixa um conselho para Dilma Rousseff, sua sucessora, para que oriente os seus embaixadores: “Se não tiver o que escrever, não escreva bobagem. Passe em branco a mensagem.”

“Eu não vi um voto de protesto”, diz Lula, colocando-se como o primeiro estadista a protestar contra a prisão de Julian Assange. O presidente declarou sua solidariedade ao WikiLeaks “pela divulgação das coisas”.

Com informações: Blog do Planalto

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Quase 800 sites já hospedam cópias do WikiLeaks

Ter, 07 Dez, 02h03, Geek

Qualquer um pode configurar “mirror” dos dados confidenciais, já há servidores brasileiros hospedando as notícias.

Aylons Hazzud

Após o cancelamento da hospedagem da Amazon e do endereço pelo EveryDNS, o WikiLeaks convocou os ativistas a criarem “espelhos” do site a fim de evitar que um único servidor pudesse retirar as informações da internet. A resposta veio rapidamente, e a contagem oficial desta manhã já soma 784 “mirrors” espalhados pelo mundo.

Para ajudar na empreitada, é preciso ter acesso a um servidor web baseado em UNIX (ou similares, como o Linux), e então seguir as instruções disponíveis na página do WikiLeaks ( http://j.mp/fkII1O ). Depois de configurado, o novo espelho do WikiLeaks será atualizado automaticamente pela equipe da agência de notícias, sem necessidade de outra intervenção de quem está hospedado os dados.

A estratégia de “guerrilha virtual” auxilia na rápida disseminação dos dados e torna extremamente difícil a “contenção” dos vazamentos, em especial por meios jurídicos, já que a informação se espalha quase imediatamente por diversos países. Na lista oficial mantida pelo WikiLeaks, há somente um domínio brasileiro, o wikileaks.brunogola.com.br . Mas é possível que endereços sem o “.br” no final redirecionem para servidores localizados no Brasil.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Israel critica decisão do Brasil de reconhecer Estado palestino

Sex, 03 Dez, 09h15

Jerusalém, 3 dez (EFE).- Israel manifestou nesta sexta-feira sua "decepção" pela decisão do Governo brasileiro de reconhecer o Estado palestino pelas fronteiras de 1967, alegando que repercutirá negativamente no processo de paz no Oriente Médio.

"Toda tentativa de buscar atalhos para esse processo e determinar de antemão e de forma unilateral os temas importantes e polêmicos apenas danificará a confiança entre as partes e seu compromisso em concluir as negociações de paz", ressaltou o Ministério de Assuntos Exteriores israelense em comunicado.

A diplomacia israelense também lamentou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha tomado a decisão apenas um mês antes de entregar o cargo à sua sucessora, Dilma Rousseff.

Além disso, destacou que o reconhecimento do Estado palestino representa uma violação dos acordos bilaterais assinados em 1995 e do Mapa de Caminho, o plano de paz apresentado em 2003 pelo Quarteto de Madri, formado por EUA, Rússia, União Europeia e Nações Unidas.

Lula comunicou a decisão por carta ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, na quarta-feira passada.

O reconhecimento foi uma resposta à solicitação realizada por Abbas em 24 de novembro e é uma posição "coerente" com as resoluções das Nações Unidas, destacou o Ministério das Relações Exteriores do Brasil em comunicado.

"O reconhecimento do Estado palestino é parte da convicção brasileira de que um processo negociador que resulte em dois Estados convivendo pacificamente e em segurança é o melhor caminho para a paz no Oriente Médio, objetivo que interessa a toda a humanidade", acrescenta a nota.

O Brasil passa a integrar uma lista de mais de cem países que reconhecem o Estado palestino, entre eles todos os árabes, a maior parte da África, além de muitos da Ásia e do leste da Europa.

O porta-voz do departamento de Assuntos Relacionados com a Negociação da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Xavier Abu Eid, disse à Efe que outros sete países latino-americanos se mostraram dispostos a manter conversas bilaterais para reconhecer a independência palestina pelas fronteiras de 1967 no momento adequado.

"Esperamos que a decisão do Brasil origine uma onda de reconhecimentos latino-americanos como a que houve após 1988 (por causa da Declaração de Independência Palestina) em outras partes do mundo", ressaltou.

Desde 1975, o Brasil já reconhecia a OLP como "legítima representante do povo palestino" e em 1993 abriu sua primeira legação diplomática nos territórios palestinos.

O Governo de Lula intensificou suas relações com os palestinos nos últimos anos e em março realizou uma viagem oficial à região que também incluiu uma visita a Israel.

Em sua carta a Abbas, Lula renova sua oferta mediadora, ao assegurar que o "Brasil estará sempre preparado para ajudar no que for necessário".

Por sua vez, o dirigente palestino Nabil Shaat felicitou o presidente brasileiro por "cumprir com sua palavra" e dar "uma resposta de forma não violenta ao unilateralismo israelense".

Shaat afirmou que a decisão de Lula é um "reflexo da histórica amizade e irmandade dos povos brasileiro e palestino" e uma "confirmação do importante papel do Brasil na comunidade internacional". EFE

MP denuncia siderúrgica por crime ambiental no Rio


Estadão, Sex, 03 Dez, 08h25

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou a ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA), o diretor de projetos da companhia, Friedrich-Wilhelm Schaefer, e o gerente ambiental Álvaro Francisco Barata Boechat por crimes ambientais. A ação, ajuizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), demonstra que, desde junho de 2010, a TKCSA tem poluído a atmosfera em níveis capazes de provocar danos à saúde humana, afetando principalmente a comunidade vizinha da usina, em Santa Cruz, zona oeste do Rio de Janeiro.

Segundo o MP-RJ, caso condenados, as penas podem ultrapassar 19 anos de reclusão para cada um dos dirigentes. A empresa também pode ser punida com multa, suspensão total ou parcial de atividades e interdição temporária de direitos, como proibição de contratos com o poder público e de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios, além da participação de licitações pelo prazo de cinco anos.

O MP-RJ deu início às investigações após receber denúncias sobre irregularidades ambientais e suposta atuação de uma milícia que faria a segurança privada da TKCSA, denúncia ainda sob investigação pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais. Já a apuração dos crimes ambientais foi feita em conjunto por vários órgãos do Ministério Público.

Na ação penal, ajuizada na 2ª Vara Criminal de Santa Cruz, o MP-RJ alega que a TKCSA e os executivos cometeram quatro crimes ambientais. Um deles foi causar poluição em níveis que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana.

Os outros três são: instalar ou fazer funcionar estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes; deixar de cumprir obrigação de relevante interesse ambiental; e apresentar, no licenciamento, estudo, laudo ou relatório ambiental total ou parcialmente falso ou enganoso.

O principal crime pelo qual a TKCSA e os executivos são acusados é o derramamento de ferro-gusa - que pode causar doenças de pele, irritação de mucosas e problemas respiratórios - em poços ao ar livre, sem qualquer controle de emissões.

A denúncia foi complementada por relatórios técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), além de um estudo realizado pelo Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio de Janeiro (URFJ), que atesta aumento de 600% na concentração média de ferro na área de influência da TKCSA em relação ao período anterior ao início da pré-operação.

O estudo também aponta violação ao nível máximo legal tolerável para a concentração de poluente atmosférico, acima do qual a saúde da população pode ser afetada.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

WikiLeaks nega ter violado leis ao divulgar documentos

Qua, 01 Dez, 08h24

Por Tim Castle

LONDRES (Reuters) - A revelação de milhares de comunicações diplomáticas dos EUA pelo WikiLeaks é perfeitamente legal, disse um porta-voz do site "dedo-duro" na quarta-feira.

Kristinn Hrafnsson afirmou que as pessoas têm direito de saber o que as autoridades que trabalham em seu nome estão fazendo, e minimizou os temores de que o vazamento possa abalar as relações internacionais.

"Se a estabilidade global se baseia em enganações e mentiras, talvez ela precise ser chacoalhada", afirmou o porta-voz à Reuters TV.

Os mais de 250 mil documentos do Departamento de Estado dos EUA, que vêm sendo gradualmente divulgados desde o fim de semana, causaram constrangimentos para Washington, por expor as engrenagens da diplomacia norte-americana e opiniões brutalmente francas de seus agentes sobre líderes internacionais - aliados ou rivais.

"Acho que em geral todas as comunicações deveriam ser as mais públicas possíveis", disse Hrafnsson, ex-jornalista islandês de TV que hoje trabalha no WikiLeaks.

"Pode haver alguma justificativa para o sigilo, mas em geral estamos falando de autoridades que estão trabalhando em nome das pessoas, e as pessoas têm direito a saber."

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Não espalhe boatos, se vc souber algo DENUNCIE!

Disque Denúncia

http://www.disquedenuncia.org.br/

(21)2253 1177


Beltrame fala sobre as ações realizadas no Rio de Janeiro

http://www.seguranca.rj.gov.br/


Contra boatos, governo do RJ usa Twitter

26 de novembro de 2010 | 7h 34
AE - Agência Estado

A Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro ocupou ontem as redes sociais para tentar conter o medo e os boatos que se espalharam pelo Estado desde o início da crise. O comandante da Polícia Militar, coronel Mario Sergio Duarte, já vinha respondendo a dúvidas e críticas de internautas.

Na tarde de ontem, dos dez trending topics do Brasil (os assuntos mais comentados do Twitter), nove faziam referência aos confrontos no Rio, com as palavras-chave Penha, Rio e Beltrame, entre outras. Bope, Vila Cruzeiro e Penha também estavam entre os dez assuntos mais comentados no microblog em todo o mundo.

Foi quando o subsecretário de Segurança, Edval Novaes, fez um pronunciamento por câmera, no Twitter, depois de receber perguntas e mensagens de diversos internautas. Curiosamente, houve falha na transmissão, e o procedimento seria repetido para garantir audiência, o que não havia ocorrido até as 18h30.

O Twitter foi a principal plataforma escolhida pela Secretaria de Segurança. "Contem com esse canal para tirar dúvidas e obter dados oficiais", foi uma das mensagens. Diante da informação, divulgada pela TV Globo, de que a próxima Unidade de Polícia Pacificadora seria instalada no Complexo do Alemão, a secretaria reagiu imediatamente: "Não há previsão de instalação de UPP no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro, por causa da grande demanda de efetivo necessária para ocupar estas áreas".

Diante da crítica de um internauta de que "o governo devia acabar com a ganância de arrecadar em blitz do IPVA, para se concentrar na bandidagem", o comandante respondeu que a PM está "toda empenhada contra os criminosos". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sábado, 20 de novembro de 2010

Médicos alertam para 'caos total' no Haiti

Médicos alertam para 'caos total' no Haiti

Estadao.com.br - Sáb, 20 Nov, 08h00

O horror humano no Haiti - com corpos de crianças abandonados nas ruas de Cap-Haitien, hospitais apinhados de pacientes com diarreia crônica, e cadáveres desidratados sendo transportados em carrinhos de mão - não terminará enquanto a comunidade internacional mantiver a mesma abordagem no combate à epidemia de cólera que já matou 1.186 e deixou 49.418 mil infectados em um mês.

O alerta - o mais contundente desde o início da nova crise - foi feito ontem ao Estado pelo chefe dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) no Haiti, o italiano Stefano Zannini, num tom de desabafo e frustração. A ONG diz que responde por 85% de todos os atendimentos de casos de cólera no país. "Esta é a 'república das ONGs', o mundo inteiro está aqui e como pode? Como é possível que, quatro semanas depois do início da epidemia, nós (o MSF) ainda estejamos com todo o sistema médico nas costas? Onde estão todos os outros?"

Zannini diz que nenhuma das medidas para conter a epidemia é de caráter médico. Elas dependem de lavar as mãos, ter água potável, dar um destino adequado aos cadáveres e às fezes humanas. "Ora, nada disso é caro nem depende de médicos. Onde está a ajuda internacional?", questionou. Um dos maiores problemas para conter a propagação da cólera é a falta de cuidados básicos de higiene, o que poderia ser combatido com programas relativamente simples, como a distribuição de sabão.

Estima-se que 76% dos haitianos vivam com menos de US$ 3 por dia e 50% tenham menos de US$ 1 por dia. Uma barra de sabão custa, em períodos normais, US$ 0,50 na maioria dos mercados haitianos e, para muitas famílias, lavar as mãos virou um dilema potencialmente fatal entre usar o pouco dinheiro para comprar sabão ou para comprar comida.

Na quarta-feira, o MSF havia lançado um alerta sobre o esgotamento físico e emocional de suas equipes. "A carga de trabalho é estressante. Não é fácil trabalhar com o cheiro, o barulho e a pressão de tantos doentes. Estamos trabalhando 24 horas por dia. Estamos sobrecarregados", disse Zannini.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Ofensas a nordestinos no Twitter ganham repercussão no exterior

Qui, 04 Nov, 08h05

Por Redação Yahoo! Brasil


A história da estudante de direito Mayara Petruso, que postou mensagens de ódio contra nordestinos no Twitter logo após a eleição de Dilma Rousseff (PT), teve repercussão num dos maiores jornais do mundo, o britânico Telegraph.

A reportagem, assinada pelo correspondente do jornal em São Paulo, Robin Yapp, destaca que a OAB de Pernambuco entrou nesta quarta-feira com uma notícia-crime no Ministério Público Federal em São Paulo contra Mayara. Dentre as muitas mensagens ofensivas escritas pela estudante, o Telegraph cita a de maior repercussão no Brasil: "Nordestino não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado" (sic) .

O texto do jornal inglês explica que a maior parte da população da região Nordeste do Brasil é composta por negros e pardos, enquanto o Sul é predominantemente branco. A reportagem cita que se o caso for a julgamento, Mayara pode pegar de dois a cinco anos por racismo e de três a seis meses por "incitação pública ao ato delituoso".

O Telegraph explica também que é errada a percepção de Mayara e outros usuários do Twitter que afirmaram que Dilma só foi eleita por causa dos votos do Nordeste - a candidata do PT ganharia a eleição mesmo sem os votos dessa região.

A reportagem cita declarações do presidente da OAB-PE, Henry Mariano, que classificou as ofensas de Mayara como inaceitáveis. "Como alguém com esse comportamento pode se tornar um profissional que depois lutará por justiça e direitos humanos?"

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Sincretismo une os santos católicos aos orixás africanos

Sex, 29 Out, 07h19

Por Décio Viotto, especial para o Yahoo! Brasil

As canções de Dorival Caymmi, Vinicius de Moraes, Caetano Veloso e Gilberto Gil; os livros de Jorge Amado, as esculturas e os textos de Mestre Didi, as fotografias de Pierre Verger e o traço de Carybé mostram que a África do candomblé fica em Salvador, na Bahia.

Nada mais justo para com o Estado que deu valor para a cultura trazida pelos escravos, elevou mães-de-santo à popularidade e transformou a lavagem da Igreja do Bonfim numa expressiva representatividade do sincretismo religioso.


Mas os cultos afro-brasileiros cresceram tanto que não ficaram restritos ao povo baiano, e estão presentes no Brasil de Norte a Sul. Eles são o resultado da mistura das tradições religiosas dos povos africanos, trazidos como escravos para o país, com elementos do catolicismo e dos indígenas. No período da colonização brasileira, mais de quatro milhões de africanos cruzaram o Atlântico. Provenientes de diferentes regiões da África, foram separados por nações e agrupados em senzalas, para evitar rebeliões.

Isso resultou numa mistura de costumes, pois cada povo possuía suas próprias danças, cantos, santos e festas. Proibidos de praticar a sua religião, os africanos associavam seus rituais e divindades aos da igreja católica para "mascarar" seus cultos, produzindo um forte sincretismo religioso. As práticas daquela época acabaram impulsionando a formação de religiões cultuadas hoje em dia, como o Candomblé e a Umbanda, com forte penetração na Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul.

Cada uma delas cultua os seus orixás, deuses africanos que correspondem a pontos de força da natureza. Os deuses no Candomblé estão divididos em quatro elementos - água, terra, fogo e ar. Alguns estudiosos afirmam que seria mais de 400 o número de orixás básicos, porém os mais conhecidos entre nós formam um grupo de 16 deuses. Para cada um deles, há um ou mais santos católicos correspondentes.

Porém, a associação depende da região do país, variando de acordo com a popularidade do santo no local, e também não é exata. Ao contrário dos santos católicos, os orixás são entidades com virtudes e defeitos e seus seguidores acreditam que eles conhecem o destino de cada um dos mortais.

Já a Umbanda, que é a soma de elementos do candomblé, do espiritismo e do catolicismo, também venera os orixás, mas representam essas divindades com imagens diferentes, além de cultuarem outros espíritos, como o preto-velho, o caboclo, o cigano e a pomba-gira. Nenhum deles aparece no candomblé. A Umbanda, apesar das suas raízes difusas, teria sido popularizada a partir do início do século 20, no Rio de Janeiro.

O batuque gaúcho
Mas não é nem na Bahia, nem no Rio de Janeiro, que se concentra o maior número de adeptos das chamadas religiões afro-brasileiras, mas no Rio Grande do Sul. Esse grupo inclui praticantes de candomblé, umbanda e uma variante gaúcha o batuque, nome dado pelos brancos ao culto dos orixás na época da escravidão. O batuque também é chamado de religião afro-gaúcha.

Segundo Everton Alfonsin, presidente da Federação Afro-Umbandista e Espiritualista do Rio Grande do Sul (FAUERS), são 40 mil terreiros em todo o estado. Na Bahia, a Federação do Culto Afro estima a existência de 4 mil terreiros. "A umbanda é muito forte no Sul do País", reforça Manuel Lopes, da Rede Brasileira de Umbandas (RBU). No censo de 2000, 1,63% da população do Rio Grande do Sul declarou o culto a religião dos orixás. O Rio de Janeiro é o segundo no ranking, com 1,32%, enquanto apenas 0,09% dos baianos se disseram adeptos de cultos afro-brasileiros.



As oferendas os orixás também variam conforme a região. No Sul, o acarajé cede lugar ao churrasco. Em vez da túnica, o pai-de-santo usa as bombachas brancas. Justificam seu uso pelo frio no inverno. Na Bahia, uma das razões que podem explicar o número baixo de seguidores é justamente o sincretismo religioso. No Estado onde até a mais famosa ialorixá Mãe Menininha do Gantois, quando era viva se declarava católica ("Bom, eu sou o que todos são: católica. Eu tenho separada a religião do candomblé"), é comum católicos em terreiros e seguidores do candomblé em igrejas. Além disso, em Salvador, muitos freqüentam os cultos com olhos de turistas.

Além dos espíritos vindos da África, há que ressaltar aqueles nascidos por aqui, produzidos talvez pelos medos dos fiéis católicos em cair no mundo negro e pecaminoso, como a Mula Sem Cabeça e o Esqueleto, entre outros. Enfim, o Brasil era como um purgatório, terra de degredo das bruxas e de outros pecadores europeus, que vinham pagar seus pecados sob o sol impiedoso, que fazia corar as senhoras e suar os padres, envoltos por seus quentes e pesados hábitos.

Apesar das adversidades, do confinamento inicial à população de escravos, da proibição da igreja católica e da criminalização por alguns governos, o candomblé prosperou nos quatro séculos e se expandiu desde o fim da escravatura, em 1888, e até atingiu um grau de profissionalização.

Em outubro de 2000, o Ministério da Previdência Social aprovou um parecer que determina o direito de aposentadoria aos sacerdotes e sacerdotisas das religiões de matriz africana em todo o país.

Cada um no seu terreiro
Os cultos às divindades são realizados nos chamados terreiros e dirigidos por um Pai-de-Santo (Babalorixá) ou Mãe-de-Santo (Ialorixá).

Alguns rituais com oferendas de animais sacrificados aos orixás são restritos aos iniciados. Nos cultos abertos são feitas oferendas e consultas aos orixás por intermédio dos búzios jogados pelo Pai ou pela Mãe-de-Santo. O culto é marcado pelos diferentes ritmos dos atabaques e se diferenciam de acordo com o orixá cultuado.

O Candomblé não deve ser confundido com a Umbanda e a Quimbanda, seita religiosa de origem africana que, no Brasil, tomou o significado de magia negra em oposição à Umbanda, que representa as forças da magia branca. Na estrutura interna, as duas são muito parecidas, sendo que a quimbanda conservou o aspecto mais original da religião africana e voltou-se mais para os mitos de terror dos folclores pagão e ameríndio.

Enfim, são consideradas religiões afro-brasileiras todas as que tiveram origem nas religiões tradicionais africanas, trazidas pelos escravos ou que absorveram ou adotaram costumes e rituais africanos. As afro-brasileiras são uma parte das religiões afro-americanas e diferentes das religiões afro-cubanas, como a Santeria de Cuba, e do Vodou, do Haiti.

XV Colóquio Brasileiro de Dinâmica Orbital

Trecho inicial do primeiro discurso de Dilma

Primeiro discurso de Dilma após ser eleita presidente, 31/10/2010 23h57

Minhas amigas e meus amigos de todo o Brasil,

É imensa a minha alegria de estar aqui. Recebi hoje de milhões de brasileiras e brasileiros a missão mais importante de minha vida. Este fato, para além de minha pessoa, é uma demonstração do avanço democrático do nosso país: pela primeira vez uma mulher presidirá o Brasil. Já registro portanto aqui meu primeiro compromisso após a eleição: honrar as mulheres brasileiras, para que este fato, até hoje inédito, se transforme num evento natural. E que ele possa se repetir e se ampliar nas empresas, nas instituições civis, nas entidades representativas de toda nossa sociedade.

A igualdade de oportunidades para homens e mulheres é um principio essencial da democracia. Gostaria muito que os pais e mães de meninas olhassem hoje nos olhos delas, e lhes dissessem: SIM, a mulher pode!

Minha alegria é ainda maior pelo fato de que a presença de uma mulher na presidência da República se dá pelo caminho sagrado do voto, da decisão democrática do eleitor, do exercício mais elevado da cidadania. Por isso, registro aqui outro compromisso com meu país:

Valorizar a democracia em toda sua dimensão, desde o direito de opinião e expressão até os direitos essenciais da alimentação, do emprego e da renda, da moradia digna e da paz social.

Zelarei pela mais ampla e irrestrita liberdade de imprensa.

Zelarei pela mais ampla liberdade religiosa e de culto.

Zelarei pela observação criteriosa e permanente dos direitos humanos tão claramente consagrados em nossa constituição.

Zelarei, enfim, pela nossa Constituição, dever maior da presidência da República.(...)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Lanchonete deve indenizar gerente que ficou obeso

Estadão, Qui, 28 Out, 03h17

A empresa responsável pela franquia da rede McDonald´s foi condenada, pela 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), do Rio Grande do Sul, a indenizar por danos morais um ex-gerente que engordou mais de 30 quilos durante os 12 anos em que trabalhou para a empresa.

Por maioria de votos, os desembargadores confirmaram parcialmente a sentença do primeiro grau, reduzindo apenas o valor da indenização, de R$ 48 mil para R$ 30 mil. Segundo o processo, o ex-gerente ingressou no emprego pesando entre 70 e 75 quilos e saiu com 105 quilos. No entendimento da 3ª Turma a empresa contribuiu para que o autor chegasse ao quadro de "Obesidade 2", lhe trazendo problemas de saúde.

Conforme o Desembargador João Ghisleni Filho, relator do acórdão, as provas indicaram que o ex-gerente era obrigado a degustar produtos da lanchonete - alimentos reconhecidamente calóricos, como hambúrguer, batata frita, refrigerante e sorvetes. Além disso, no horário de intervalo, a empresa fornecia um lanche composto de hambúrguer, batatas fritas e refrigerante.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Presidente ou Presidenta?

Enviado por Andréa Goulart, em 26/10/2010


O Dicionário Aurélio ensina que o feminino de presidente é presidenta. É isso mesmo, com o “a” no final. Talvez seja um pouco estranho ao ouvido por falta de costume. Sobre o assunto o Prof. Hélio Consolaro explica:



A predominância do masculino na língua reflete o machismo. Se houver numa sala 39 mulheres e um homem, o orador deverá usar o masculino na sua invocação: prezados senhores… No máximo, falará: prezadas senhoras e prezado senhor. Ofenderia o macho presente se o orador generalizar pelo feminino e dissesse apenas: prezadas senhoras.Assim, em passado recente, não havia feminino de presidente e nem de hóspede. Agora, depois da luta das mulheres na sociedade, os dicionários já registram e a gramática aceita os femininos: presidenta, hóspeda.



Por que isso não acontece na hierarquia da Polícia Militar? Na entrevista da Folha, edição de 1.º/6, Katia Damasceno Sabino foi tratada por soldado, nada de soldada.

Nenhum dicionário registra o feminino “soldada” e tampouco “sargenta”, apenas Luiz Antonio Sacconi em sua “Nossa Gramática – Teoria e Prática”, Editora Atual, admite tais flexões.



Na verdade, a Polícia Militar, com a presença da mulher em suas fileiras, mantém a estrutura machista, segura a feminização das patentes na divulgação de seus documentos oficiais. E gramáticos e jornalistas concordam com isso.Não se sabe como as soldadas se sentem sendo tratadas como homens, mas há mulheres que escrevem versos e não gostam de ser chamadas de poetisas, querem ser tratadas de poetas, acham que o feminino as desvaloriza. Isso também é machismo, e pior, machismo do feminino. Talvez seja apenas preocupação de um professor de Português e os soldados femininos estejam gostando desse tratamento.



A palavra presidente é um empréstimo de praesidens/entis , particípio presente de praesidere "sentar adiante" (e daí vários sentidos figurados). Os particípios presentes podem ter função de substantivo ou de adjetivo, mas em todo caso não possuem flexão de gênero. Porém se vê que desde o latim vulgar há uma tendência a fazer passar adjetivos da segunda (que distingue masculino e feminino dum lado e neutro doutro) e de terceira classes à primeira. Tardiamente isto aconteceu com o sufixo -ês, que vem de -ensis (m. e f.)/-ense (n.): no português antigo ainda lhe faltava a flexão de gênero, mas no fim do período ganhou um feminino: -esa. Quem sabe no século XIV também houvesse sensibilidades que se molestavam com se dizer uma mulher portuguesa, mas no século seguinte esquisito devia ser dizer uma mulher português. Legal mesmo é que em sardo "um homem inglês" é unu òmine ingresu!



Acho que o melhor é não sofrer... afinal, ninguém tem controle sobre isto: a mudança que todas as línguas naturais vivas sofrem. A propósito, em espanhol la presidenta é o normal.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Jornalista mostra que promessas de Serra são impraticáveis e contraditórias

André Siqueira, sub-editor de Economia da Carta Capital, fez as contas e mostra que Serra não tem como cumprir as promessas de elevar o salário mínimo para 600 reais, instituir 13° para o Bolsa Família e reajustar em 10% as aposentadorias. Ele teria que rasgar a cartilha de gestão pública do PSDB e nem assim conseguiria. Mesmo fazendo um corte drástico de 30% nos gastos federais, Serra só conseguiria metade do dinheiro necessário para cumprir suas promessas.“E ele continua a criticar o endividamento público. Ao mesmo tempo em que promete elevar gastos sociais, ampliar investimentos e cortar impostos. Como, José?”, indaga Siqueira.

Redação

O jornalista André Siqueira, sub-editor de Economia da revista Carta Capital, decidiu fazer algumas contas e demonstrou objetivamente que o candidato à presidência da República do PSDB, José Serra, não tem como cumprir uma série de promessas que vem fazendo na campanha eleitoral. Em primeiro lugar, Serra teria que rasgar a cartilha de gestão pública de seu partido, que critica os gastos públicos do governo Lula. E nem assim o tucano conseguiria elevar o salário mínimo para 600 reais, instituir um 13° pagamento para o Bolsa Família ou reajustar em 10% as aposentadorias. “É de causar espanto a falta de olhar crítico da mídia para as promessas do candidato José Serra, impraticáveis diante dos paradigmas de gestão tucanos”, escreve Siqueira. Trata-se de um devaneio do candidato, acrescenta.

Vamos aos números analisados por André Siqueira:

“Consta no Orçamento de 2011 a proposta de elevar o salário mínimo para 538,14 reais. Serra propõe desembolsar 61,86 reais a mais por assalariado, para atingir os 600 reais. Apenas essa promessa de campanha custaria, portanto, 12,3 bilhões de reais. O montante é próximo ao orçamento total do programa Bolsa Família, atualmente em 13,7 bilhões de reais. Aliás, criar uma parcela a mais para o programa acrescentaria 1,14 bilhão de reais ao cálculo – em valores correntes. Finalmente, há o reajuste dos benefícios da Seguridade Social. Nesse caso, apelo ao cálculo do economista do Ipea, Marcelo Caetano, que avaliou em 6,2 bilhões de reais o esforço adicional exigido pelo presente oferecido pelo tucano aos aposentados e pensionistas”.

No total, assinala o jornalista da Carta Capital, as promessas de Serra custariam cerca de 19,6 bilhões de reais aos cofres públicos. André Siqueira consultou, então, o especialista em contas públicas, Amir Khair, ex-secretário de Finanças de São Paulo, para indagar sobre a viabilidade das promessas de Serra, que batem de frente, sempre é bom lembrar, com as críticas que o próprio candidato e seu partido fazem ao que consideram ser “excesso de gastos” do governo Lula. Em primeiro lugar, Khair lembra que o gasto federal corresponde a uma parcela de 43% dos desembolsos totais do setor público. O restante fica a cargo das prefeituras e estados. Em segundo, assinala, cerca de 80% do orçamento federal está legalmente engessado com salários e outras obrigações constitucionais.

Considerando a pouca margem de manobra que resta ao Executivo, Khair imagina que um “choque de gestão”, - a receita preferida do PSDB – permitiria um corte de aproximadamente 30%. Seria um “sacrifício extraordinário”, diz o economista, e equivaleria a 2,58% do gasto público nacional, algo em torno de 9,9 bilhões de reais. Ou seja, mesmo se fizesse isso, Serra estaria conseguindo apenas a metade dos recursos necessários para cumprir suas promessas de aumentar o salário mínimo para 600 reais, de reajustar em 10% as aposentadorias e de conceder um 13° pagamento ao Bolsa Família. “E ele continua a criticar o endividamento público. Ao mesmo tempo em que promete elevar gastos sociais, ampliar investimentos e cortar impostos. Como, José?”, indaga o jornalista.

Boletim Carta Maior - 20 de Outubro de 2010

Colaboração: Cristina Sales

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Professores e Pesquisadores de Filosofia Apoiam Dilma Rousseff para a Presidência da República

Professores e Pesquisadores de Filosofia Apoiam Dilma Rousseff para a Presidência da República
Fonte, https://sites.google.com/site/manifestofilosofosprodilma/


Professores e pesquisadores de Filosofia, abaixo assinados, manifestamos nosso apoio à candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República. Seguem-se nossas razões.

Os valores de nossa Constituição exigem compromisso e responsabilidade por parte dos representantes políticos e dos intelectuais

Nesta semana completam-se vinte e dois anos de promulgação da Constituição Federal. Embora marcada por contradições de uma sociedade que recém começava a acordar da longa noite do arbítrio, ela logrou afirmar valores que animam sonhos generosos com o futuro de nosso país. Entre os objetivos da República Federativa do Brasil estão “construir uma sociedade livre, justa e solidária”, “garantir o desenvolvimento nacional”, “erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais”.


A vitalidade de nossa República depende do efetivo compromisso com tais objetivos, para além da mera adesão verbal. Por parte de nossos representantes, ele deve traduzir-se em projetos claros e ações efetivas, sujeitos à responsabilização política pelos cidadãos. Dos intelectuais, espera-se o exame racionalmente responsável desses projetos e ações.


Os oito anos de governo Lula constituíram um formidável movimento na direção desses objetivos. Reconheça-se o papel do governo anterior na conquista de relativa estabilidade econômica. Ao atual governo, porém, deve-se tributar o feito inédito de conciliar crescimento da economia, controle da inflação e significativo desenvolvimento social. Nesses oito anos, a pobreza foi reduzida em mais de 40%; mais de 30 milhões de brasileiros ascenderam à classe média; a desigualdade de renda sofreu uma queda palpável. Não se tratou de um efeito natural e inevitável da estabilidade econômica. Trata-se do resultado de políticas públicas resolutamente implementadas pelo atual governo – as quais não se limitam ao Bolsa Família, mas têm nesse programa seu carro-chefe.


Tais políticas assinalam o compromisso do governo Lula com a realização dos objetivos de nossa República. Como ministra, Dilma Rousseff exerceu um papel central no sucesso dessa gestão. Cremos que sua chegada à Presidência representará a continuidade, aprofundamento e aperfeiçoamento do combate à pobreza e à desigualdade que marcou os últimos oito anos.


Há razões para duvidar que um eventual governo José Serra ofereça os mesmos prospectos. É notório o desprezo com que os programas sociais do atual governo – em particular o Bolsa Família – foram inicialmente recebidos pelos atores da coligação que sustenta o candidato. Frente ao sucesso de tais programas, José Serra vem agora verbalizar sua adesão a eles, quando não arroga para si sua primeira concepção. Não tendo ainda, passado o primeiro turno, apresentado um programa de governo, ele nos lança toda sorte de promessas – algumas das quais em franco contraste com sua gestão como governador de São Paulo – sem esclarecer como concretizá-las. O caráter errático de sua campanha justifica ceticismo quanto à consistência de seus compromissos. Seu discurso pautado por conveniências eleitorais indica aversão à responsabilidade que se espera de nossos representantes. Ironicamente, os intelectuais associados ao seu projeto político costumam tachar o governo Lula e a candidatura Dilma de populistas.

O compromisso com a inclusão social é um compromisso com a democracia


A despeito da súbita conversão da oposição às políticas sociais do atual governo, ainda ecoam entre nós os chavões disseminados por ela sobre os programas de transferência de renda implementados nos últimos anos: eles consistiriam em mera esmola assistencialista desprovida de mecanismos que possibilitem a autonomia de seus beneficiários; mais grave, constituiriam instrumento de controle populista sobre as massas pobres, visando à perpetuação no poder do PT e de seus aliados. Tais chavões repousam sobre um equívoco de direito e de fato.


A história da democracia, desde seus primeiros momentos na pólis ateniense, é a história da progressiva incorporação à comunidade política dos que outrora se viam destituídos de voz nos processos decisórios coletivos. Que tal incorporação se mostre efetiva pressupõe que os cidadãos disponham das condições materiais básicas para seu reconhecimento como tais. A cidadania exige o que Kant caracterizou como independência: o cidadão deve ser “seu próprio senhor (sui iuris)”, por conseguinte possuir “alguma propriedade (e qualquer habilidade, ofício, arte ou ciência pode contar como propriedade) que lhe possibilite o sustento”. Nossa Constituição vai ao encontro dessa exigência ao reservar um capítulo aos direitos sociais.


Os programas de transferência de renda implementados pelo governo não apenas ajudaram a proteger o país da crise econômica mundial – por induzirem o crescimento do mercado interno –, mas fortaleceram nossa democracia ao criar bases concretas para a cidadania de milhões de brasileiros. Se atentarmos ao seu formato institucional, veremos que eles proporcionam condições para a progressiva autonomia de seus beneficiários, ao invés de prendê-los em um círculo de dependência. Que mulheres e homens beneficiados por tais programas confiram seus votos às forças que lutaram por implementá-los não deve surpreender ninguém – trata-se, afinal, da lógica mesma da governança democrática. Senhoras e senhores de seu destino, porém, sua relação com tais forças será propriamente política, não mais a subserviência em que os confinavam as oligarquias.

As liberdades públicas devem ser protegidas, em particular de seus paladinos de ocasião


Nos últimos oito anos – mas especialmente neste ano eleitoral – assistiu-se à reiterada acusação, por parte de alguns intelectuais e da grande imprensa, de que o presidente Lula e seu governo atentam contra as liberdades públicas. É verdade que não há governo cujos quadros estejam inteiramente imunes às tentações do abuso de poder; é justamente esse fato que informa o desenvolvimento dos sistemas de freios e contrapesos do moderno Estado de Direito. Todavia, à parte episódios singulares – seguidos das sanções e reparos cabíveis –, um olhar sóbrio sobre o nosso país não terá dificuldade em ver que o governo tem zelado pelas garantias fundamentais previstas na Constituição e respeitado a independência das instituições encarregadas de protegê-las, como o Ministério Público, a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal.


Diante disso, foi com desgosto e preocupação que vimos personalidades e intelectuais ilustres de nosso país assinarem, há duas semanas, um autointitulado “Manifesto em Defesa da Democracia”, em que acusam o governo de tramas para “solapar o regime democrático”. À conveniência da candidatura oposicionista, inventam uma nova regra de conduta presidencial: o Presidente da República deve abster-se, em qualquer contexto, de fazer política ou apoiar candidaturas. Ironicamente, observada tal regra seria impossível a reeleição para o executivo federal – instituto criado durante o governo anterior, não sem sombra de casuísmo, em circunstâncias que não mereceram o alarme da maioria de seus signatários.


Grandes veículos de comunicação sistematicamente alardeiam que o governo Lula e a candidatura Dilma representam uma ameaça à liberdade de imprensa, enquanto se notabilizam por uma cobertura militante e nem sempre responsável da atual campanha presidencial. As críticas do Presidente à grande imprensa não exigem adesão, mas tampouco atentam contra o regime democrático, em que o Presidente goza dos mesmos direitos de todo cidadão, na forma da lei. Propostas de aperfeiçoamento dos marcos legais do setor devem ser examinadas com racionalidade, a exemplo do que tem acontecido em países como a França e a Inglaterra.


Se durante a campanha do primeiro turno houve um episódio a ameaçar a liberdade de imprensa no Brasil, terá sido o estranho requerimento da Dra. Sandra Cureau, vice-procuradora-geral Eleitoral, à revista Carta Capital. De efeito intimidativo e duvidoso lastro legal, o episódio não recebeu atenção dos grandes veículos de comunicação do país, tampouco ensejou a mobilização cívica daqueles que, poucos dias antes, publicavam um manifesto contra supostas ameaças do Presidente à democracia brasileira. O zelo pelas liberdades públicas não admite dois pesos e duas medidas. Quando a evocação das garantias fundamentais se vê aliciada pelo vale-tudo eleitoral, a Constituição é rebaixada à mera retórica.


Estamos convictos de que Dilma Rousseff, se eleita, saberá proteger as liberdades públicas. Comprometidos com a defesa dessas liberdades, recomendamos o voto nela.

Em defesa do Estado laico e do respeito à diversidade de orientações espirituais, contra a instrumentalização política do discurso religioso


A Constituição Federal é suficientemente clara na afirmação do caráter laico do Estado brasileiro. É garantida aos cidadãos brasileiros a liberdade de crença e consciência, não se admitindo que identidades religiosas se imponham como condição do exercício de direitos e do respeito à dignidade fundamental de cada um. Isso não significa que a religiosidade deva ser excluída da cena pública; exige, porém, intransigência com os que pregam o ódio e a intolerância em nome de uma orientação espiritual particular.


É, pois, com preocupação que testemunhamos a instrumentalização do discurso religioso na presente corrida presidencial. Em particular, deploramos a guarida de templos ao proselitismo a favor ou contra esta ou aquela candidatura – em clara afronta à legislação eleitoral. Dilma Rousseff, em particular, tem sido alvo de campanha difamatória baseada em ilações sobre suas convicções espirituais e na deliberada distorção das posições do atual governo sobre o aborto e a liberdade de manifestação religiosa. Conclamamos ambos os candidatos ora em disputa a não cederem às intimidações dos intolerantes. Temos confiança de que um eventual governo Dilma Rousseff preservará o caráter laico do Estado brasileiro e conduzirá adequadamente a discussão de temas que, embora sensíveis a religiosidades particulares, são de notório interesse público.

O compromisso com a expansão e qualificação da universidade é condição da construção de um país próspero, justo e com desenvolvimento sustentável


É incontroverso que a prosperidade de um país se deixa medir pela qualidade e pelo grau de universalização da educação de suas crianças e de seus jovens. O Brasil tem muito por fazer nesse sentido, uma tarefa de gerações. O atual governo tem dado passos na direção certa. Programas de transferência de renda condicionam benefícios a famílias à manutenção de suas crianças na escola, diminuindo a evasão no ensino fundamental. A criação e ampliação de escolas técnicas e institutos federais têm proporcionado o aumento de vagas públicas no ensino médio. Programas como o PRODOCENCIA e o PARFOR atendem à capacitação de professores em ambos os níveis.


Em poucas áreas da governança o contraste entre a administração atual e a anterior é tão flagrante quanto nas políticas para o ensino superior e a pesquisa científica e tecnológica associadas. Durante os oito anos do governo anterior, não se criou uma nova universidade federal sequer; os equipamentos das universidades federais viram-se em vergonhosa penúria; as verbas de pesquisa estiveram constantemente à mercê de contingenciamentos; o arrocho salarial, aliado à falta de perspectivas e reconhecimento, favoreceu a aposentadoria precoce de inúmeros docentes, sem a realização de concursos públicos para a reposição satisfatória de professores. O consórcio partidário que cerca a candidatura José Serra – o mesmo que deu guarida ao governo anterior – deve explicar por que e como não reeditará essa situação.


O atual governo tem agido não apenas para a recuperação do ensino superior e da pesquisa universitária, após anos de sucateamento, como tem implementado políticas para sua expansão e qualificação – com resultados já reconhecidos pela comunidade científica internacional. O PROUNI – atacado por um dos partidos da coligação de José Serra – possibilitou o acesso à universidade para mais de 700.000 brasileiros de baixa renda. Através do REUNI, as universidades federais têm assistido a um grande crescimento na infraestrutura e na contratação, mediante concurso público, de docentes qualificados. Programas de fomento, levados a cabo pelo CNPq e pela CAPES, têm proporcionado um sensível aumento da pesquisa em ciência e tecnologia, premissa central para o desenvolvimento do país. Foram criadas 14 novas universidades federais, testemunhando-se a interiorização do ensino superior no Brasil, levando o conhecimento às regiões mais pobres, menos desenvolvidas e mais necessitadas de apoio do Estado.


Ademais, deve-se frisar que não há possibilidade de desenvolvimento sustentável e preservação de nossa biodiversidade – temas cujo protagonismo na atual campanha deve-se à contribuição de Marina Silva – sem investimentos pesados em ciência e tecnologia. Não se pode esperar que a iniciativa privada satisfaça inteiramente essa demanda. O papel do Estado como indutor da pesquisa científica é indispensável, exigindo um compromisso que se traduza em políticas públicas concretas. A ausência de projetos claros e consistentes da candidatura oposicionista, a par do lamentável retrospecto do governo anterior nessa área, motiva receios quanto ao futuro do ensino superior e do conhecimento científico no Brasil – e, com eles, da proteção de nosso meio-ambiente – no caso da vitória de José Serra. A perspectiva de continuidade e aperfeiçoamento das políticas do governo Lula para o ensino e a pesquisa universitários motiva nosso apoio à candidatura de Dilma Rousseff.

Por essas razões, apoiamos a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República. Para o povo brasileiro continuar em sua jornada de reencontro consigo mesmo. Para o Brasil continuar mudando!

06 de outubro de 2010


Professores(as) e pesquisadores(as) DE FILOSOFIA interessados em assinar o manifesto, favor enviar email com nome completo, vínculo institucional e demais informações que acharem relevantes para o endereço: manifestoprodilma@gmail.com. Para conferir a lista de signatários acesse o link "assinaturas" na barra lateral. Para os demais interessados, favor conferir: http://www.petitiononline.com/prodilma/petition.html

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Mario Vargas Llosa ganha Nobel de Literatura

08/10/2010 - 11h10

Por Redação Agência Fapesp

Agência FAPESP – O escritor peruano Mario Vargas Llosa, 74 anos, é o ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 2010. O anúncio foi feito nesta quirta-feira (7/10) pela Svenska Akademien, em Estocolmo.

Segundo a academia sueca, a distinção ao escritor se deve por “sua cartografia das estruturas de poder e por suas imagens agudas sobre a resistência, a revolta e a derrota individual”. O último escritor latino-americano a ganhar o Nobel foi o colombiano Gabriel García Márquez, em 1982.

Llosa recebeu a notícia do Nobel nos Estados Unidos, onde este semestre está como professor visitante no Programa de Estudos Latino-Americanos da Universidade Princeton. Segundo o presidente do júri do Nobel de Literatura, Peter Englund, Llosa disse estar “muito comovido e entusiasmado” pela premiação.

O escritor receberá o prêmio de 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 2,5 milhões), em cerimônia em Estocolmo no dia 10 de dezembro, aniversário da morte de Alfred Bernhard Nobel (1833-1896), o inventor da dinamite. Em 1994, o escritor recebeu o Prêmio Cervantes, maior distinção literária em língua espanhola.

Llosa é autor de dezenas de romances, ensaios e peças. Entre seus livros mais conhecidos estão Pantaleão e as Visitadoras (1973), Tia Júlia e o Escrevinhador (1977), Conversa na catedral (1969), O falador (1987) e Lituma nos Andes (1993).

“A premiação de Vargas Llosa é uma grande felicidade para a literatura latino-americana. Ele é responsável pelo grande boom narrativo dos anos 1960, com destaque para Batismo de Fogo (1962), considerado seu romance de estreia, e Casa Verde (1966). Depois disso, provou ter um grande fôlego literário”, disse Jorge Schwartz, professor de Literatura Hispano-Americana do Departamento de Letras Modernas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, à Agência FAPESP.

FANZINE ELETRÔNICO MARKETING SOCIAL NO BRASIL. N 45

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Rio de Janeiro, 08 de outubro de 2010. Ano 8. N 45.*



12 de outubro Dia das Crianças

Se você optar por um presente para a/o sua/seu filha/o, ao invés de um belo passeio, seguido de uma brincadeira alegre no parque e finalizado por um lanche gostoso e saudável feito por vocês dois em sua cozinha tornando o dia inesquecível para vocês, lembre-se de:

- Comparar os preços $$$;

- Checar o selo de qualidade;

- Checar se a empresa é amiga do meio ambiente;

- Evitar sacolas e embrulhos desnecessários.

Desta forma você estará pensando no futuro dela/dele, em verdade, UM PRESENTE E UM FUTURO AINDA MELHORES.



A C O N T E C E N D O


OUTUBRO


-}Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA)

PRAZO FINAL HOJE

O prazo para registro de candidaturas termina hoje. A eleição acontecerá no dia 26 de novembro. O edital de convocação para as eleições dos conselheiros da sociedade civil foi publicado em 24/9.

Edital: http://www.forumdca.org.br/index.cfm?pagina=noticias¬icia=302


-}2ª Mostra Cineducando - Cinema e Educação Inclusiva

Até o dia 17 de outubro

Caixa Cultural - Av. Almirante Barroso, 25, Centro, próximo ao metrô da Carioca, Rio de Janeiro.

Informações: http://www.cineducando.com.br/programacao.htm


-}XXV Encuentro Nacional de Mujeres

9, 10 y 11/10

Paraná, Entre Rios

Encuentro somos todas!


-}A Kiwi Companhia de Teatro apresenta o espetáculo “Carne”, que discuti a opressão sobre o sexo feminino e a desigualdade ente os sexos.
Próximas apresentações:

(Todas gratuitas e seguidas de debates)
- CEU Vila Atlântica: 10 de outubro (domingo), às 16h – R. Coronel José Venâncio Dias, 840, Jaraguá, São Paulo
- Casa Ser Dorinha: 22 de outubro (sexta-feira), às 10h – R. Dr Guilherme de Abreu Sodré, 485, Cidade Tiradentes, São Paulo
- União de Mulheres (Promotoras legais populares e Projeto Maria Maria): 06 de novembro, 15h – Secretaria de Justiça, Pço do Colégio, 184, São Paulo


-}Grupo Santander premia ideias sustentáveis de alunos universitários

Prazo: 12/10

Para participar o grupo deve conter três alunos e um professor orientador, fazer o cadastro e enviar sua proposta em formato de vídeos ou apresentações.

Inscrições: http://www.caminhoseescolhas.com.br/desafiosustentabilidade/


-}7ª Conferência Internacional do Lixo Zero

28 e 29 de outubro, em Florianópolis, SC.

Promovido por uma pareceria entre o Instituto Lixo Zero Brasil e a Zero Waste Internacional Aliance.
As inscrições podem ser feitas no site da Conferência.


-}Fórum Nacional de E-commerce RJ

30/10

Meios de pagamento online, segurança, soluções, plataformas, mídias sociais e casos de comércio eletrônico serão alguns dos temas discutidos.

Inscrições: http://www.fnec.com.br/inscricoes.php



NOVEMBRO


-}MMA recebe ideias para o PPCS

Prazo: 11/11

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) disponibilizou para consulta pública o Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS) e está recebendo contribuições da sociedade civil.

Para contribuir: http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=243&idConteudo=10432&idMenu=11153


-}Seminário Internacional de Inovação Social e Sustentabilidade
22 a 26 de Novembro 2010
Coordenado pelo Programa de Engenharia de Produção da COPPE/UFRJ, e realizado conjuntamente com a Agência UFRJ de Inovação, IVIS – Instituto Virtual de Inovação Social – e rede DESIS Brasil – Design para Inovação Social e Sustentabilidade –, com apoio do CNPq.
A participação é gratuita.
Informações e inscrições: http://www.ltds.ufrj.br/inovabr



DEZEMBRO

-}Avaliação Econômica de Projetos Sociais
Data Fim: 13/12/2010

Estão abertas inscrições para o curso gratuito de Avaliação Econômica de Projetos Sociais da Fundação Itaú Social em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza e Salvador. Inscrições: www.fundacaoitausocial.org.br.



FIM DA EDIÇÃO

FICHA TÉCNICA
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Fontes de consulta - Abdl, Abong, Akatu, Gife, Idec, Rits, Agência Patricia Galvão, Envolverde
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*Jornalista Responsável - Márcia Neves - DRT 30181/96 - Autora dos livros "A violência contra a mulher no mercado de trabalho"(2009), "Consumo Consciente"(2003), "O Novo Mercado - Do Social ao Ambiental"(2002), e "Marketing Social no Brasil"(2001), todos pela Editora E-Papers - www.e-papers.com.br
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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Independent: Dilma será mulher mais poderosa do mundo

27 de setembro de 2010 16:50
Independent: Dilma será mulher mais poderosa do mundo

agestado

Reportagem do jornal britânico The Independent sobre a eleição presidencial no Brasil diz que a candidata do PT, Dilma Rousseff, se prepara para ser "a mulher mais poderosa do mundo". Para o jornal, "sua amplamente prevista vitória na eleição presidencial do próximo domingo será saudada com alegria por milhões".

De acordo com o Independent, Dilma "marca o desmantelamento final do 'Estado de segurança nacional', um arranjo que os governos conservadores nos Estados Unidos e na Europa já viram como seu melhor artifício para manter um status quo podre, que manteve uma vasta maioria na América Latina na pobreza, enquanto favorecia seus amigos ricos".

O jornal explica que a petista será "a mulher mais poderosa do mundo" porque, como chefe de Estado, ela terá um cargo superior ao da chanceler alemã, Angela Merkel, e ao da secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton. Além disso, "seu enorme país de 200 milhões de pessoas está festejando sua nova riqueza em petróleo".

"A taxa de crescimento do Brasil, que rivaliza com a da China, é uma que a Europa e Washington só podem invejar", diz a reportagem, que inclui um perfil biográfico da candidata à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Brasileiro é o mais barrado em aeroportos da Europa

Estadão, Ter, 07 Set, 07h38



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Comissão Europeia, Jose Manuel Barroso, não perdem a oportunidade de declarar que Brasil e União Europeia (UE) são aliados. Mas, nas fronteiras, a realidade é diferente. Dados da Frontex - agência europeia de controle de fronteiras - mostram que, no primeiro trimestre de 2010, os brasileiros foram os mais barrados em aeroportos da Europa.


Segundo a agência, 25.400 estrangeiros tiveram entrada rejeitada entre janeiro e março - número menor que o de trimestres anteriores, provavelmente pela crise na zona do euro. Deles, 1.842 eram brasileiros - 6,3% a mais que no final de 2009. O volume só perde para o total de ucranianos barrados, que chega a 5 mil. Estes, porém, não são obrigados a tomar aviões - até andando podem tentar cruzar a fronteira de seu país com a UE.


Para os europeus, os brasileiros barrados não deram garantias de que voltariam ao País e eram suspeitos de tentar entrar de forma irregular. Muitos deportados, no entanto, têm versões diferentes.


Segundo a Frontex, os dados se justificam pela distância entre Brasil e Europa. Se africanos podem tentar entrar por barco e a cidadãos do leste europeu basta pegar um carro, os brasileiros precisam do avião. Mesmo assim, os vetos a brasileiros superam os de nigerianos, chineses e indianos.


Oficialmente, não é preciso visto para um brasileiro entrar na Europa. Mas, com políticas imigratórias cada vez mais restritas, a UE e seus 27 países vêm endurecendo os controles em fronteiras e aeroportos. No caso dos brasileiros, a instrução dada aos policiais aduaneiros é a de pedir provas de que têm dinheiro, hotel para ficar e, principalmente, passagem de volta. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Pro Teste: saiba os supermercados mais baratos para comprar em 21 cidades

Pro Teste: saiba os supermercados mais baratos para comprar em 21 cidades
infomoney
Em Quarta-feira 1/9/2010, às 17:29

SÃO PAULO – Uma cesta com 104 produtos básicos de consumo nos supermercados pode variar bastante de preço entre uma localidade e outra. Para ajudar o consumidor, a Associação de Consumidores Pro Teste elaborou uma lista com os supermercados mais baratos em 21 cidades de 15 estados brasileiros.

Para elaborar a pesquisa, feita pelo sexto ano seguido em 1.054 pontos de venda, são levados em conta o local mais barato de cada cidade. A cesta 1 é composta por 104 itens e a cesta 2 é voltada para o consumidor que não faz questão de marca e procura os melhores preços.

Brasília tem a cesta mais cara. Lá, a cesta 1 é 19% mais cara que em Pernambuco, onde foi encontrada a cesta mais barata.

Mais baratos
Confira a lista de supermercados mais baratos elaborada pela Pro Teste:
Os supermercados mais baratos do Brasil
Cidade
Estabelecimento
Belo Horizonte Supermercado BH (Liberdade, Jardim América e Carlos Prestes)
Brasília Atacadão (Asa Norte), Super Veneza (Cruzeiro Novo) e Carrefour (Guará)
Campinas Atacadão (Jardim Santa Genebra), Covabra (Vila Nova) e Carrefour Bairro (Nova Campinas)
Curitiba Condor (Bigorrilho e Bom Retiro) e Mercadorama (Tarumã)
Florianópolis Big (Capoeiras) e Imperatriz (Saco dos Limões e Fátima)
Fortaleza Atacadão (Aeroporto), Assai (Cambeba) e Carrefour (Joaquim Távora)
Goiânia Atacadão (Conj. Vera Cruz), Bretas (Vila Legionários) e Peg e Pag (Vila São Francisco)
Guarulhos Atacadão (Bela Vista), Esperança (Centro) e Assai (Gopouva)
Jaboatão dos Guararapes Atacadão (Cajueiro Seco), Batalha (Jardim Jordão) e Leve Mais (Candeias)
João Pessoa Bemais (Cruz das Armas), Bom a Bessa (Aeroclube) e São João (Centro)
Natal
Atacadão (Igapó e Candelária) e Avelino (Potengi)
Niterói Guanabara (Centro), Extra (São Lourenço) e Prezunic (Fonseca)
Olinda
Atacadão (Varadouro), Todo Dia (Caixa D’água) e Extra Bom (Bairro Novo)
Porto Alegre Big (Sarandi), Cavalhada (Camaquã) e Bom (Espírito Santo)
Recife Makro (Curado), Hiper Bom Preço (Areias) e Lamenha (Ipsep)
Rio de Janeiro Atacadão (Vicente de Carvalho) e Mundial (Barra da Tijuca e da Tijuca)
Salvador Atakarejo (Parque Bela Vista), Mercantil Rodrigues (Água de Meninos) e Centro Sul (Liberdade)
São Luis Mateus (Bequimão) e Mateus (de Anil e Turu)
São Paulo Dia (de Pinheiros, de Sapopemba e do Ipiranga)
Vila Velha Atacadão (N. S. da Penha), Epa (Paul) e Poleto (Vila Garrido)
Vitória Perim (Mata da Praia), Carone (Jardim da Penha) e Epa (Nazaré)
Fonte: Pro Teste

O órgão recomenda ao consumidor evitar lojas de conveniência na hora de fazer as compras do mês. “No Rio de Janeiro, por exemplo, optando por comprar os produtos mais baratos, independentemente da marca, no Atacadão em vez da loja de conveniência AM PM, é possível economizar até R$ 3.430 no ano. Já o consumidor paulista pode economizar até R$ 3.410 anualmente, optando por fazer suas compras de mês no Dia em vez da Oxan”, afirma a Pro Teste.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Insulto contra Carla Bruni é 'inaceitável', diz França

Insulto contra Carla Bruni é 'inaceitável', diz França

Ter, 31 Ago, 09h55, Estadão.

A França afirmou hoje que os insultos na imprensa estatal iraniana contra a primeira-dama Carla Bruni são inaceitáveis. "Os insultos no jornal Kayhan e lançados por sites iranianos contra várias figuras francesas, incluindo a Sra. Carla Bruni-Sarkozy, são inaceitáveis", afirmou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores. O diário e sites do país persa afirmaram que Carla Bruni era uma "prostituta italiana" e "merecia a morte".

O Ministério das Relações Exteriores do Irã criticou a mídia nacional pelos ataques, feitos após Carla Bruni demonstrar seu apoio a Sakineh Mohammadi-Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento no Irã. "Insultar funcionários de outros países e usar palavras indecentes não é algo endossado pela República Islâmica do Irã", afirmou um porta-voz do ministério. "Nós não acreditamos que o uso de palavras indecentes e insultantes seja uma atitude correta", disse o funcionário. "A mídia pode criticar as políticas hostis de outros países, mas evitando o uso de palavras insultantes. Isso não é correto."

No sábado, o jornal linha-dura Kayhan fez um duro ataque à mulher do presidente francês, Nicolas Sarkozy. Com o título "Prostitutas francesas entram em rebuliço pelos direitos humanos", um texto do diário criticava a primeira-dama e a atriz francesa Isabelle Adjani por apoiar Sakineh, uma iraniana de 43 anos, mãe de dois filhos e condenada à morte.

O jornal iraniano continuou hoje a atacar Carla Bruni. Segundo o diário, a "indignação da prostituta italiana contra a matéria do Kayhan ocorre enquanto ela tinha relações ilegítimas com pessoas diferentes, antes de se casar com Sarkozy". No dia anterior, o site www.inn.ir tinha chamado a primeira-dama de "traidora de marido".

Carla Bruni, terceira mulher de Sarkozy, assinou uma petição pela liberdade de Sakineh. O caso da iraniana tem causado comoção internacional e grupos pelos direitos humanos pressionam para que a sentença não seja cumprida. Sakineh é acusada de trair o marido e de ter envolvimento na morte dele.

Histórico

O jornal Kayhan tem seu diretor-geral e o editor-chefe indicados pelo líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei. O diário é conhecido por seus insultos duros contra figuras estrangeiras e do próprio Irã. O jornal já foi processado por vários iranianos, incluindo a Nobel da Paz Shirin Ebadi e também Esfandiar Rahim Mashaie, um importante assessor do presidente Mahmoud Ahmadinejad. As informações são da Dow Jones.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Sarkozy ignora críticas e começará a deportar ciganos na quinta-feira

Qua, 18 Ago, 10h55

Paris, 18 ago (EFE).- O Governo francês está cumprindo rigorosamente as ordens do presidente Nicolas Sarkozy de desmantelar acampamentos ilegais de ciganos e, apesar das críticas dentro e fora da França, começará a deportá-los a partir de quinta-feira.

Um primeiro avião com 79 ciganos a bordo partirá amanhã para a Romênia e será seguido por outros dois - um no dia 26 e outro "no fim de setembro"-, até completar a cota de pelo menos 700 pessoas deportadas, anunciou o ministro de Interior francês, Brice Hortefeux.

Ele é o responsável por dirigir a ofensiva contra o coletivo, lançada no dia 28 de julho por Sarkozy, quando anunciou o desmantelamento da metade dos acampamentos ilegais de ciganos no país em um prazo de três meses.

Menos de um mês depois, mais de 50 instalações deste tipo já foram desmanchadas.

Agora começarão as deportações, ou "retorno voluntário", como disse o ministro de Imigração Éric Besson, em declarações publicadas hoje pelo jornal "Le Parisien", nas quais ressalta que não se pode falar em expulsões.

O jornal cita uma fonte oficial, segundo a qual "há voos como estes regularmente", com estrangeiros que se inscrevem no programa de ajudas para o retorno.

Segundo o Governo, são deportações "voluntárias" de imigrantes que aceitam ir embora em troca de um bilhete de avião e 300 euros por adulto ou 100 euros por criança, e que, em muitos casos, acabam voltando para a França.

A partir de setembro, o Governo reforçará o controle de registros dos beneficiados, para que não sejam feitas falsificações de identidades para receber as ajudas duas vezes. Para isso, além dos dados pessoais, serão registradas as suas impressões digitais das pessoas.

Apenas em 2009, segundo números divulgados pelas autoridades francesas, cerca de 10 mil romenos e búlgaros receberam as ajudas e retornaram a seus países.

Segundo Besson, a França não está perseguindo os ciganos, está apenas lidando com casos de imigração irregular.

Além das deportações, foram apresentadas outras iniciativas polêmicas, como a retirada da nacionalidade francesa de criminosos de origem estrangeira que tenham atentado contra uma autoridade pública ou a condenação dos pais de jovens que tenham cometido crimes.

São propostas que geraram uma onda de críticas, não só entre a sociedade civil ou os partidos de esquerda, que falam de "racismo" e "xenofobia", mas também entre a maioria de direita e, cada vez mais, no exterior.

O Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial das Nações Unidas também se somou às críticas hoje, ao denunciar a França por vincular imigração com insegurança. Hoje, os Governos de Romênia e Bulgária deixaram claro seu mal-estar diante da política da França sobre seus cidadãos.

Embora ambos sejam países-membros da União Europeia (UE) desde 2007, alguns de seus vizinhos aplicaram uma moratória sobre a plena liberdade de circulação de seus cidadãos pelo espaço comum, que, no caso da França, está vigente até o final de 2011.

Até então, romenos e búlgaros têm direito à livre circulação em território francês como qualquer outro cidadão europeu, mas não podem ficar mais de três meses se não tiverem uma licença de residência que, por sua vez, só é conseguida com um visto de trabalho.

Por isso, alguns dirigentes políticos, como o ex-primeiro-ministro francês e membro do partido de Sarkozy Alain Juppé ou o líder dos Verdes no Parlamento Europeu, Daniel Cohn-Bendit, propõem a busca de soluções em nível europeu. EFE

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Homens modestos e mulheres dominantes têm menos chances de contratação

Há grande diferença entre o que se espera de cada sexo numa entrevista de emprego

Por Minha Vida

Homens modestos e mulheres muito dominantes podem ter dificuldades em se sair bem na hora de uma entrevista de emprego, diz um estudo feito pela Universidade de Nova Jersey e publicado pelo jornal Psychology of Men and Masculinity.

Na pesquisa, 132 mulheres e 100 homens que tinham experiência na área de recrutamento de profissionais viram vídeos de entrevistas de emprego com ambos os sexos. Os entrevistados na verdade eram atores contratados para se comportar como pessoas modestas ou como dominantes. Parte dos atores deram respostas "neutras" quando foram questionados sobre o cargo que queriam ocupar e na hora de falar sobre suas habilidades, enquanto outros ressaltaram suas qualidades e mostraram-se confiantes e independentes.

No caso masculino, muitos foram julgados como igualmente competentes, mas os homens modestos não despertaram o interesse nas entrevistas. A modéstia é vista como um sinal de fraqueza e de falta de ambição para subir na carreira profissional. Além disso, ser muito modesto pode apagar a imagem de dominante que é exigida dos homens em nossa cultura.

Já nas mulheres, a modéstia não foi vista como negativa ou ligada ao status social. Segundo a pesquisa, as mulheres têm que ser orientadas, cultas e comunicativas, mas não podem ter um ar dominante.

"Essa diferença no que chama atenção nos homens e nas mulheres é causada pelo estereotipo que temos de cada sexo. A sociedade está acostumada com homens fortes e mulheres frágeis. Por isso, homens com um ar de super-herói e mulheres não dominantes tiveram mais sucesso na entrevista. Mas é importante ressaltar que competência, habilidades profissionais e a formação acadêmica são os pontos mais importantes segundo os recrutadores", diz a líder do estudo Corrine A. Moss- Racusin.

A aparência também conta pontos
Além da diferença no comportamento, a maneira como um profissional se veste é decisiva. Segundo um outro estudo realizado pela Universidade de Yale, nos Estados Unidos, a aparência pode contar pontos não apenas na hora de conseguir um emprego, mas também na hora da definição do salário

A pesquisa aconteceu com mais de quatro mil jovens de ambos os sexos e se baseou na aparência e no salário que cada um deles recebia. Cerca de 7% dos voluntários foram considerados muito mais atraentes do que a média, na opinião dos analistas, enquanto 8% dos participantes estavam abaixo da média.

Foi então que a comparação dos salários mostrou que aqueles menos atraentes recebiam um salário menor do que os jovens que estavam na média ou acima dela. A diferença média de salário chegou a 10%. Mesmo diante dos números, os pesquisadores ainda não conseguem explicar o porquê dessa desigualdade, mas afirmam que os resultados comprovam que a imagem que passamos durante uma simples conversa faz diferença quando o assunto está ligado à carreira.

Irã rejeita oferta de Lula de asilo a condenada a apedrejamento

2 horas, 1 minuto atrás

TEERÃ (Reuters) - O Irã rejeitou nesta terça-feira a oferta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de conceder asilo a uma iraniana condenada à morte por apedrejamento, disse o porta-voz do Ministério do Exterior iraniano.

A sentença imposta a Sakineh Mohammadi Ashtiani por um relacionamento extraconjugal, que ela nega, despertou protestos de grupos de defesa dos direitos humanos e grande indignação internacional.

Teerã suspendeu a sentença, que será analisada pelo judiciário do país, mas ela ainda pode ser concretizada.

Lula pediu no mês passado que o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, permitisse que o Brasil desse asilo a Mohammadi Ashtiani.

"Pelo que sabemos do senhor (Lula) da Silva, ele tem um caráter sensível e humano, e provavelmente não recebeu informações suficientes", disse o porta-voz do Ministério do Exterior Ramin Mehmanparast, em entrevista coletiva.

"Podemos dar detalhes do crime dessa pessoa, que foi condenada, e então acho que a questão ficará esclarecida para ele", afirmou o porta-voz.

Irã e Brasil se aproximaram neste ano, após Brasil e Turquia mediarem uma proposta de acordo sobre os trabalhos de enriquecimento de urânio do Irã, que o Ocidente teme ser um disfarce para o desenvolvimento de uma bomba atômica. Teerã nega essa acusação e diz que busca a produção de eletricidade.

Assassinato, adultério, roubo armado, apostasia e tráfico de drogas são todos crimes puníveis com a pena de morte pela lei islâmica do Irã, implementada desde a Revolução de 1979.

O grupo de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional disse que Mohammadi Ashtiani foi condenada em 2006 por ter um "relacionamento ilícito" com dois homens e recebeu 99 chibatadas como sentença.

A entidade disse que, apesar disso, ela foi depois condenada por "adultério enquanto casada" e sentenciada à morte por apedrejamento.

A Anistia lista o Irã como segundo maior executor do mundo, atrás da China, e afirma que o país matou 346 pessoas em 2008.

As autoridades iranianas rejeitam frequentemente as acusações de abusos dos direitos humanos e alegam que estão seguindo a lei islâmica

terça-feira, 6 de julho de 2010

CONSELHO DE ADVOGADO


Um advogado fez circular a seguinte informação para os empregados de seu escritório:


1.
Não assine a parte de trás de seus cartões de crédito. Em vez disso, escreva 'SOLICITAR RG'.

2.
Ponha seu número de telefone de trabalho em seus cheques em vez de seu telefone de casa. Se você tiver uma Caixa Postal de Correio use esta em vez de seu endereço residencial. Se você não tiver uma Caixa Postal, use seu endereço de trabalho. Ponha seu telefone celular ao invés do residencial.

3.
Tire Xérox do conteúdo de sua carteira. Tire cópia de ambos os lados de todos os documentos, cartão de crédito, etc. Você saberá o que você tinha em sua carteira e todos os números de conta e números de telefone para chamar e cancelar. Mantenha a fotocópia em um lugar seguro. Também leve uma fotocópia de seu passaporte quando for viajar para o estrangeiro. Sabe-se de muitas estórias de horror de fraudes com nomes, CPF, RG, cartão de créditos, etc... roubados.

Infelizmente, eu, um advogado, tenho conhecimento de primeira mão porque minha carteira foi roubada no último mês. Dentro de uma semana, os ladrões compraram um caro pacote de telefone celular, contrataram um cartão de crédito VISA, tiveram uma linha de crédito aprovada para comprar um computador, dirigiram com minha carteira...


E MAIS....


4.
Nós fomos informados que nós deveríamos cancelar nossos cartões de crédito imediatamente. Mas a chave é ter os números de telefone gratuitos e os números de cartões à mão, assim você sabe quem chamar.
Mantenha estes onde você os possa achar com facilidade.


5.
Abra um Boletim Policial de Ocorrência (B.O.) imediatamente na jurisdição onde seus cartões de crédito, etc., foram roubados. Isto prova aos credores que você tomou ações imediatas, e este é um primeiro passo para uma investigação (se houver uma).

Mas aqui está o que é talvez mais importante que tudo:


6.
Chame imediatamente o SPC (11-3244-3030) e SERASA (11-33737272) e outros órgãos de crédito (se houver) para pedir que seja colocado um alerta de fraude em seu nome e número de CPF. Eu nunca tinha ouvido falar disto até que fui avisado por um banco que me chamou para confirmar sobre uma aplicação para empréstimo que havia sido feita pela Internet em meu nome. O alerta serve para que qualquer empresa que confira seu crédito saiba que sua informação foi roubada, e eles têm que contatar você por telefone antes que o crédito seja aprovado..

Até que eu fosse aconselhado a fazer isto (quase duas semanas depois do roubo), todo o dano já havia sido feito. Há registros de todos os cheques usados para compras pelos ladrões, nenhum dos quais - eu soube - depois que eu coloquei o alerta. Desde então, nenhum dano adicional foi feito, e os ladrões jogaram fora minha carteira. Este fim de semana alguém a devolveu para mim. Esta ação parece ter feito eles desistirem.


Passamos para frente muitas piadas pela Internet . Mas se você estiver disposto a passar esta informação, realmente poderá ajudar alguém!
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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Depois do Facebook, o Diaspora

Outras Palavras - 22/06/2010

(Por Gabriela Leite)

Quatro jovens americanos da New York University (NYU), um matemático e três estudantes de ciência da computação, resolveram pôr em prática uma ideia que começou a ser pensada por muitas pessoas nos últimos tempos. Criaram uma rede que se diz “consciente sobre a privacidade, controlada pessoalmente, faz-tudo e de código aberto” (tradução livre).

A iniciativa surgiu após uma palestra de Eben Moglen, professor de direito da Columbia, sobre a privacidade na internet. Na palestra, Moglen chamou as redes sociais centralizadas de “espionagem de graça”.

Foi aí que os estudantes Maxwell Sallzberg, Daniel Grippi, Raphael Sofaer e Ilya Zhitomirskiy uniram-se para construir um projeto inovador: Diaspora, uma rede social de código aberto que permite que cada usuário tenha o controle sobre seus dados.

O Diaspora está sendo chamada de anti-Facebook, mas sua proposta é maior: mudar o conceito de rede social em geral. Ao inserir uma foto no Facebook ou no Orkut, um vídeo no Youtube ou uma música no MySpace, o usuário os cede completamente para as empresas que controlam as redes , em troca de compartilhar seus arquivos com outras pessoas. E como diz Sofaer: as redes sociais existem há no máximo dez anos, não sabemos o que irá acontecer no futuro com os dados que disponibilizamos nelas, mesmo após serem deletados.

Na opinião dos programadores do Diaspora, o compartilhamento é a coisa mais importante e incrível que existe na internet. Então por que isso tem que ser feito de forma privativa e controladora?

A ideia principal da equipe é que na vida real, quando conversamos com alguém, nos comunicamos diretamente com a pessoa, sem a necessidade de um centralizador. Sendo assim, as redes sociais deveriam seguir a mesma lógica. O Diaspora é uma rede que conecta cada usuário diretamente com quem ele quiser, e o deixa com o direito de controlar seus dados e arquivos quando quiser.

Haveria muita gente descontente com as redes sociais que temos hoje? A prova foi feita pelos quatro garotos por meio do Kickstarter, um site que recolhe fundos para projetos. Os jovens montaram o projeto e deram o prazo de 39 dias para alcançar a meta de reunir 10 mil dólares. O prazo acabou dia 31 de maio e foram arrecadados pouco mais de vinte vezes o valor esperado.

No site do Join Diaspora ["Reúna-se ao Diáspora"], é possível encontrar mais informação sobre o assunto; porém, no momento, não há muita atualização. Os garotos dizem que isso acontece porque estão trabalhando duro no projeto durante a próxima temporada e esperam terminá-lo no final do verão no hemisfério norte (ou inverno no sul, mês de setembro).

Segundo o próprio Facebook, seu número de usuários ativos é de mais de 400 milhões, sendo que metade dessas pessoas acessa sua página pessoal todos os dias (veja as estatísticas). Será difícil para o Diaspora superar esse número, mas o que importa é saber que a internet é dinâmica e tem sempre gente procurando meios de mudar a lógica que o mundo offline tenta impor a ela.

sábado, 22 de maio de 2010

cabelo, cabeleira...

Definitivamente eu estou na contra mão do chamado mundo civilizado. Vejam vocês, agora cabelos cacheados estão na moda, como assim? Desde quando os meus cabelos deixaram de estar na moda para agora voltarem??? A primeira vez que eu ouvi a frase “vou fazer uma chapinha”, pensei que fosse algum tipo de droga ilicita. Bom, de certa forma não deixa de ser, o povo fica obcecado nessa coisa de alisar. Eu me lembro de uma vez em Brasília que uma dona me abordou na rua, vinda da décima sexta dimensão, pra eu emprestar o meu guarda-chuva, porque ela tinha acabado de fazer a tal chapinha e tava chovendo. Foi surreal, até porque ninguém tinha falado comigo até então naquela cidade, salvo os porteiros dos hotéis que morei, e os colegas da empresa em que trabalhei por lá, e assim mesmo para falar de trabalho. Mas agora a “novidade” é enrolar, e derrepente eu deixei de ser um modelo ultrapassado e fiquei moderna, pelo menos até, talvez, a semana que vem, quando a moda talvez seja sem cabelos, porque com tanto alisa e enrola, daqui a pouco não vai sobrar muita coisa agregada ao couro cabeludo, se é que ainda poderá ser considerado assim, e ai vou ficar desatualizada definitivamente. Bons tempos em que a função do cabelo era somente ser um isolante térmico, que protegia a cabeça das radiações solares e abrasão. Uga, uga, ban, ban...

sexta-feira, 21 de maio de 2010

esmalte nas unhas e na cabeça

O novo burburinho no momento é a volta dos roxos e azuis nas unhas. Na boa, até hoje eu ainda não consegui compreender este ritual de se auto intoxicar de forma consciente com tolueno, sulfonamida e formaldeído. Sem contar com o desgaste de inalar os gases tóxicos em um salão, enquanto aguarda em uma cadeira absurdamente desconfortável, com revistas desatualizadas e repletas de mulheres anoréxicas e homens retocados com photoshop. E ser por fim atendida por uma pessoa mal humorada, que provavelmente irá falar para a colega ao lado mal da ultima cliente, que acabou de lhe contar toda a sua vida em tom de confidência. Esta estranha pessoa, cuja higiene bucal você desconhece, mas que espalha perdigotos ao tagarelar com a colega, ainda por cima irá retirar a sua cutícula, que teoricamente deve proteger de agressores externos. Hump... civilização, coisa estranha pra mim, definitivamente sou uma primata incivilizada e desajustada, que não usa esmalte nas unhas, tem cutícula protetora colada as unhas e detesta salões fedendo a tintas e gases, e cheio de gente falando de gente que finge que gosta. Mim ser bizarra, neh?

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Convite: Violencia Contra a Mulher no Mercado de Trabalho

Cartaz-Convite feito pela minha amiga-irmã Carol Vigna-Maru, que também deu a sua contribuição no conteúdo do livro.
Se você quiser conhecer todo o material que ela montou para a campanha do livro (release, convite impresso, cartaz) esta disponível em: http://vignamaru.com.br/portfolio/